Cirurgia Minimamente Invasiva
Conheça o procedimentoNa ginecologia as principais formas desse tipo de abordagem
são a videolaparoscopia e videohisteroscopia.
Videolaparoscopia
É uma via de abordagem cirúrgica que tem evoluído significativamente nas últimas décadas e que vem trazendo muitos benefícios para as pacientes, pois permite recuperação mais rápida, menor tempo de internação e menos dor no pós operatório, com resultados estéticos bastante satisfatórios.
Com esta técnica podemos acessar, no caso de nossa especialidade, a pelve e abdome, através de pequenas incisões e assim realizarmos uma grande gama de procedimentos como: histerectomias, miomectomias, tratamento de alguns tipos de cânceres ginecológicos, correção de distopias genitais e principalmente o tratamento da endometriose, onde temos esta via atualmente como primeira via de escolha, na grande maioria dos casos.
A videocirurgia vem apresentando muitos progressos em termos de equipamentos e visualização. Endocameras, ópticas e monitores nos permitem uma visualização da pelve em HD, fazendo com que a anatomia fique muito mais evidente, aumentando assim a segurança dos procedimentos. As pinças e formas de energia que trabalhamos também tem permitido uma maior ergonomia, agilidade e objetividade cirúrgicas.
Nossa equipe há vários anos vem estudando, evoluindo e aperfeiçoando a sua técnica nas cirurgias de Videolaparoscopia, seguindo a escola Europeia, que nos últimos anos vem nos permitindo trocar experiências e conhecimentos. Seu grande expoente é o Prof. Arnaud Wattiez, que desde o século passado ajuda aos ginecologistas a trabalharem seguindo as bases da cirurgia, que estão relacionadas não apenas com o equipamento, mas com conhecimento de anatomia, técnicas de dissecção, uso correto das energias disponíveis e técnicas de sutura. Nestes dois últimos tópicos, tivemos também uma valiosa ajuda do Prof. Armando Romeo, engenheiro e apaixonado por medicina e anatomia, atualmente residente no Brasil, e que foi um grande facilitador no ensino das técnicas de sutura laparoscópica.
Videohisteroscopia
Esta via de abordagem, assim como a laparoscopia, evoluiu a passos largos nos últimos anos e nos permite a visualização da cavidade uterina e tratamento de várias afecções como pólipos, miomas submucosos e tratamento de variações anatômicas (septos, diagnóstico de alterações pré malignas e malignas de endométrio)
É uma técnica de grande valia no tratamento do sangramento uterino anormal, que pode ser solucionado após a remoção da causa do problema, com a realização, por exemplo da retirada de pólipos, mioma ou remoção de focos de hiperplasia (aumento de tamanho de órgão ou tecido).
Podemos também utilizar técnicas histeroscópicas para tratamento de sangramento uterino anormal, com realização da ablação endometrial – técnica que remove uma camada de tecido fino do revestimento do útero para parar ou reduzir o sangramento excessivo ou anormal – que quando bem indicada, traz cerca de 90% de sucesso com excelente grau de segurança e baixa invasividade.