Vamos começar esse artigo explicando o que é e para que serve a tireoide em nosso corpo: resumidamente, ela é uma glândula que fica localizada na altura do pescoço e produz dois hormônios (o T3 e o T4) essenciais para o metabolismo energético do organismo, isto é, para manter as funções vitais do organismo e também a temperatura do corpo sempre em torno de 36,5 °C. Durante a gestação, a tireoide tem um papel importantíssimo, favorecendo a fecundação e também ajudando a “segurar” o embrião no útero.
O hipotireoidismo ocorre quando a glândula não produz quantidade de hormônios suficiente e é frequente entre as mulheres, especialmente a sua versão que não tem sintomas evidentes. O quadro clínico não é específico, e os sintomas são facilmente confundidos com alterações próprias da gestação como cansaço e ganho de peso inexplicável. E, justamente porque não apresenta os sintomas de deficiência dos hormônios tireoidianos, a mulher pode enfrentar complicações ao longo da gestação.
Durante a gravidez, a glândula precisa fabricar até 50% mais hormônio para dar conta tanto da mãe quanto do bebê. Se ela não funciona o suficiente, o risco de perda do bebê cresce até três vezes.
Para evitar esse tipo de complicação, o médico deve solicitar o teste hormonal antes mesmo da mulher decidir engravidar, ou durante o pré-natal. Se for constatado que ela tem o distúrbio, basta introduzir a correção com hormônios e fazer um acompanhamento de perto com um endocrinologista, visto que será preciso ajustar as dosagens ao longo da gravidez.
Mas são todas as mulheres que devem fazer o exame de tireoide antes de engravidar?
É recomendado que apenas as que tenham histórico familiar para a doença, que têm alguma outra doença autoimune – por exemplo, diabetes, vitiligo, artrite reumatoide ou lúpus -, que já passaram por uma cirurgia na tireoide, que tiveram tireoidite no pós-parto façam o exame.
Não deixe de conversar com o seu médico para tirar todas as suas dúvidas sobre o assunto.