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O que é?

 

Também conhecida como gravidez tubária ou nas trompas, a gravidez ectópica é quando o óvulo fertilizado se instala em algum lugar fora do útero. Ela pode ocorrer nas trompas de falópio, na cavidade abdominal, no ovário ou no colo do útero. Em uma gravidez comum, o óvulo fertilizado se prende ao revestimento do útero.

 

Possíveis causas e fatores de risco

 

A causa mais comum de gravidez ectópica é quando há inflamações e cicatrizes nas trompas de falópio, decorrentes de uma doença ou cirurgia anterior. Isso pode fazer com que o óvulo fertilizado fique estacionado em uma área danificada de uma tuba e comece a crescer lá mesmo. Outras causas comuns de danos nas trompas de Falópio que podem levar a uma gravidez ectópica incluem:

 

  • Doença inflamatória pélvica, que pode surgir a partir de infecção por clamídia ou gonorreia
  • Gravidez ectópica anterior

 

Outros fatores de risco que podem estar ligados à gravidez ectópica:

 

  • Tabagismo
  • Problemas de fertilidade
  • Trompas de falópio com formato incomum
  • Histórico de cirurgia pélvica ou abdominal 
  • Histórico de endometriose
  • Histórico de DST’s
  • Concepção auxiliada por medicamentos de fertilidade ou procedimentos
  • Uso inadequado do DIU (se o dispositivo não estiver bem posicionado no útero, pode ocorrer uma gravidez, com grandes possibilidade de ser ectópica)
  • Gravidez após cirurgia de laqueadura (embora a gravidez após a ligadura tubária seja rara, se isso acontecer, é mais provável que seja ectópica).

 

Sintomas

 

Inicialmente, uma gravidez ectópica tem os mesmo sintomas de uma gravidez comum, como atraso na menstruação, seios sensíveis e inchados, fadiga, náusea e aumento da micção.

Os primeiros sinais de uma gravidez ectópica podem ser:

 

  • Hemorragia vaginal, que pode ser leve
  • Dor abdominal ou dor pélvica, geralmente seis a oito semanas após a ausência de menstruação.

 

Conforme a gravidez progride, outros sintomas podem aparecer, como:

 

  • Dor de barriga ou dor pélvica, que pode piorar com o movimento ou esforço. Pode começar bruscamente de um lado e depois se espalhar por toda a região pélvica
  • Sangramento vaginal moderado ou intenso
  • Dor no coito ou durante um exame pélvico
  • Tonturas, vertigens ou desmaio, causados por hemorragia interna
  • Sinais de choque hipovolêmico (causado pela perda de grandes quantidades de sangue e líquidos)

 

Tratamentos

 

Infelizmente, uma gravidez ectópica não pode prosseguir normalmente. O ovo fertilizado não sobrevive e o feto em crescimento pode destruir várias estruturas maternas. Se não for tratada, há o risco de hemorragias, que podem ser fatais.

 

O tratamento precoce de uma gravidez ectópica pode ajudar a preservar a fertilidade. Nos casos em que a gravidez não está causando sangramento, a paciente pode ter uma escolha entre o uso de medicamentos ou cirurgia para interrompê-la.

 

Se a gravidez está causando sintomas graves, sangramento ou altos níveis de hCG (hormônio produzido durante a gravidez e que serve para criar um ambiente favorável para o desenvolvimento fetal), a cirurgia normalmente é necessária. Isso ocorre porque os medicamentos geralmente não funcionam nesses casos e uma ruptura torna-se mais provável conforme o tempo passa. Quando possível, a cirurgia laparoscópica é feita.

 

Nos casos em que a gravidez parece estar abortando espontaneamente, os tratamentos acima não serão necessários, apenas um acompanhamento médico.

 

Recuperação

 

É comum a mulher desenvolver depressão depois de passar por uma experiência como essa. O melhor a fazer é comunicar ao médico se os sintomas de depressão se estenderem por mais de 15 dias.

 

O ideal é esperar um tempo para tentar engravidar novamente e estar consciente de que existem chances de reincidência, principalmente se um problema reprodutivo existente provocou a gravidez ectópica. No caso das trompas de Falópio estarem intactas, existe uma possibilidade de 60% de ter uma gravidez normal no futuro.