por Elaine Rezende | fev 15, 2017 | Gestação, Saúde da Mulher
O que é?
Também conhecida como gravidez tubária ou nas trompas, a gravidez ectópica é quando o óvulo fertilizado se instala em algum lugar fora do útero. Ela pode ocorrer nas trompas de falópio, na cavidade abdominal, no ovário ou no colo do útero. Em uma gravidez comum, o óvulo fertilizado se prende ao revestimento do útero.
Possíveis causas e fatores de risco
A causa mais comum de gravidez ectópica é quando há inflamações e cicatrizes nas trompas de falópio, decorrentes de uma doença ou cirurgia anterior. Isso pode fazer com que o óvulo fertilizado fique estacionado em uma área danificada de uma tuba e comece a crescer lá mesmo. Outras causas comuns de danos nas trompas de Falópio que podem levar a uma gravidez ectópica incluem:
- Doença inflamatória pélvica, que pode surgir a partir de infecção por clamídia ou gonorreia
- Gravidez ectópica anterior
Outros fatores de risco que podem estar ligados à gravidez ectópica:
- Tabagismo
- Problemas de fertilidade
- Trompas de falópio com formato incomum
- Histórico de cirurgia pélvica ou abdominal
- Histórico de endometriose
- Histórico de DST’s
- Concepção auxiliada por medicamentos de fertilidade ou procedimentos
- Uso inadequado do DIU (se o dispositivo não estiver bem posicionado no útero, pode ocorrer uma gravidez, com grandes possibilidade de ser ectópica)
- Gravidez após cirurgia de laqueadura (embora a gravidez após a ligadura tubária seja rara, se isso acontecer, é mais provável que seja ectópica).
Sintomas
Inicialmente, uma gravidez ectópica tem os mesmo sintomas de uma gravidez comum, como atraso na menstruação, seios sensíveis e inchados, fadiga, náusea e aumento da micção.
Os primeiros sinais de uma gravidez ectópica podem ser:
- Hemorragia vaginal, que pode ser leve
- Dor abdominal ou dor pélvica, geralmente seis a oito semanas após a ausência de menstruação.
Conforme a gravidez progride, outros sintomas podem aparecer, como:
- Dor de barriga ou dor pélvica, que pode piorar com o movimento ou esforço. Pode começar bruscamente de um lado e depois se espalhar por toda a região pélvica
- Sangramento vaginal moderado ou intenso
- Dor no coito ou durante um exame pélvico
- Tonturas, vertigens ou desmaio, causados por hemorragia interna
- Sinais de choque hipovolêmico (causado pela perda de grandes quantidades de sangue e líquidos)
Tratamentos
Infelizmente, uma gravidez ectópica não pode prosseguir normalmente. O ovo fertilizado não sobrevive e o feto em crescimento pode destruir várias estruturas maternas. Se não for tratada, há o risco de hemorragias, que podem ser fatais.
O tratamento precoce de uma gravidez ectópica pode ajudar a preservar a fertilidade. Nos casos em que a gravidez não está causando sangramento, a paciente pode ter uma escolha entre o uso de medicamentos ou cirurgia para interrompê-la.
Se a gravidez está causando sintomas graves, sangramento ou altos níveis de hCG (hormônio produzido durante a gravidez e que serve para criar um ambiente favorável para o desenvolvimento fetal), a cirurgia normalmente é necessária. Isso ocorre porque os medicamentos geralmente não funcionam nesses casos e uma ruptura torna-se mais provável conforme o tempo passa. Quando possível, a cirurgia laparoscópica é feita.
Nos casos em que a gravidez parece estar abortando espontaneamente, os tratamentos acima não serão necessários, apenas um acompanhamento médico.
Recuperação
É comum a mulher desenvolver depressão depois de passar por uma experiência como essa. O melhor a fazer é comunicar ao médico se os sintomas de depressão se estenderem por mais de 15 dias.
O ideal é esperar um tempo para tentar engravidar novamente e estar consciente de que existem chances de reincidência, principalmente se um problema reprodutivo existente provocou a gravidez ectópica. No caso das trompas de Falópio estarem intactas, existe uma possibilidade de 60% de ter uma gravidez normal no futuro.
por Elaine Rezende | jan 31, 2017 | Saúde da Mulher
O que é?
Muito comum entre as mulheres, a candidíase vaginal é uma infecção ocasionada por fungo, o Cândida ou Monília, que causa um corrimento espesso e esbranquiçado, acompanhada geralmente de irritação no local. Cerca de 75% das mulheres têm essa infecção pelo menos uma vez na vida.
A candidíase é considerada uma DST (doença sexualmente transmissível)?
Para alguns especialistas, a candidíase não é uma doença sexualmente transmissível, pois pode ocorrer mesmo sem o contato íntimo. Alguns estudos indicam que o fungo pode estar na flora vaginal, assim, quando a resistência do organismo cai ou quando a resistência vaginal está baixa pode ocorrer a multiplicação do fungo e a manifestação dos sintomas.
Quais os sintomas?
Os sinais mais comuns dessa doença são: corrimento esbranquiçado, coceira, escoriações na região vulvar e coloração vermelha na vagina.
Em casos extremos, a candidíase pode causar úlceras.
Tratamentos
Para o tratamento da doença é recomendado o uso de antimicóticos via oral, além da utilização de creme vaginal de uso tópico, geralmente por 7 dias ou mais, dependendo da avaliação do médico.
Juntamente com os medicamentos, são recomendadas algumas medidas simples:
- Vestir roupas mais soltas e calcinhas de algodão;
- Não praticar duchas vaginais;
- Não utilizar desodorantes íntimos;
- Abstinência sexual durante o tratamento;
Importante lembrar que os medicamentos devem ser recomendados sempre por um ginecologista, após exame clínico.
Prevenção
Como já foi dito, a candidíase acontece principalmente quando a resistência do organismo cai. Alguns dos fatores abaixo são facilitadores da doença, portanto para se prevenir deve-se estar atenta a eles:
- Outras infecções (por exemplo, pelo vírus HIV);
- Deficiência imunológica;
- Medicamentos como anticoncepcionais e corticoides;
- Relação sexual desprotegida com parceiro contaminado;
- Vestuário inadequado (roupas apertadas e biquínis molhados; lycra e roupa de academia que aumentam a temperatura vaginal);
- Duchas vaginais em excesso.
por Elaine Rezende | jan 16, 2017 | Saúde da Mulher
O que é?
O coletor menstrual ganhou muita visibilidade nos últimos anos e ainda divide opiniões entre as mulheres. Feito de silicone medicinal, o coletor substitui o uso dos absorventes comuns. Ele é flexível e se adapta facilmente ao corpo, tornando-se quase imperceptível durante seu uso.
Como funciona?
Antes de iniciar a utilização do coletor, ele deve ser fervido de 5 a 8 minutos. Depois disso, higienizar bem as mãos para que não haja o risco de contaminar o coletor.
Para inserir deve-se dobrar o coletor. Logo após ser inserido, o coletor se abre e se molda facilmente ao corpo.
Quando bem encaixado faz um vácuo que impede que o sangue menstrual vaze, trazendo conforto e liberdade de movimentos para o dia a dia.
Importante lembrar que o coletor deve ser esvaziado a cada oito ou no máximo 12 horas.
Tem validade?
Geralmente o coletor dura até 10 anos, se seguidas as instruções de uso e higiene corretamente.
Tem alguma contraindicação?
O produto é contraindicado para virgens, adolescentes na primeira menstruação, mulheres em período pós-parto e mulheres com deformidade vaginal.
Quais os principais benefícios?
Por não deixar que o sangue menstrual fique em contato com a pele, o coletor diminui a incidência de infecções e alergias decorrentes do uso do absorvente comuns, tanto internos quanto externos, e também a proliferação de bactérias na região íntima.
Além disso, possibilita que a mulher faça todas as atividades físicas, mesmo que tenha fluxo intenso. Na hora do sono, quando mais tem a possibilidade de vazar sangue (se está sendo utilizado um absorvente comum), o coletor continua sendo muito eficaz, trazendo máxima proteção.
Outros benefícios que vale a pena citar são a economia e a consciência ecológica: uma vez que o coletor dura até 10 anos, o investimento é feito somente uma vez nesse período e não todo mês como ocorre com os outros tipos de absorvente, gerando também menos lixo – o esvaziamento pode ser feito em até 12 horas, enquanto com os absorventes comuns o período de troca é a cada duas horas.
por Elaine Rezende | dez 19, 2016 | Saúde da Mulher
O que é?
O DIU (Dispositivo Intrauterino) é um método contraceptivo de alta eficácia, que pode ter duração e eficácia durante 5 a 10 anos, dependendo do produto. O DIU é inserido dentro do útero, sempre por um médico.
O procedimento é simples, rápido e costuma ser realizado no próprio consultório médico, sem a necessidade de anestesia geral. Em algumas mulheres, a inserção pode causar um certo desconforto, mas que costuma cessar logo após o procedimento.
Como funciona?
Existem dois tipo de DIU: o de cobre e o hormonal. Ambos tornam o ambiente hostil aos espermatozoides impedindo seu encontro com os óvulos. O DIU de cobre não possui nenhum tipo de hormônio, já o DIU hormonal libera progesterona dentro do útero. Quanto à eficácia, o DIU é superior quando comparado aos métodos contraceptivos de curto prazo, como as pílulas, injeções, anel e adesivo, uma vez que não depende da correta administração da mulher (esquecer de tomar a pílula, por exemplo).
O DIU é abortivo?
Não. Como já citado, os dois métodos – de cobre e hormonal – impedem que o espermatozoide encontre o óvulo, portanto a fecundação não chega a acontecer.
Pra quem é indicado?
A escolha do melhor método para cada tipo de mulher deve ser feita sob orientação médica, após a discussão e avaliação das suas necessidades e preferências.
No caso do DIU, o médico poderá eventualmente solicitar exames complementares antes da inserção.
Quais são os efeitos colaterais?
O DIU de cobre, por não conter hormônio, geralmente não altera a frequência das menstruações, porém pode causar um fluxo menstrual mais intenso e possível aumento das cólicas menstruais no primeiro trimestre. Isso acontece principalmente quando a mulher faz a transição, por exemplo, da pílula anticoncepcional (método que contém hormônios) para o DIU de cobre.
O DIU hormonal, devido a liberação local de progesterona, costuma diminuir a intensidade do fluxo e duração das menstruações e, após 6 meses de uso, 44% das usuárias param de menstruar.
Quero engravidar. E agora?
Basta conversar com seu médico para fazer a retirada do DIU. A fertilidade volta ao normal rapidamente, não importando quanto tempo você utilizou o dispositivo.
por Elaine Rezende | nov 30, 2016 | Saúde da Mulher
A endometriose é uma doença mais comum do que imaginamos: de acordo com a Associação Brasileira de Endometriose, entre 10% a 15% das mulheres em idade reprodutiva (13 a 45 anos) podem desenvolvê-la.
A doença é caracterizada pela presença do endométrio (tecido que reveste o interior do útero) fora da cavidade uterina, ou seja, em outros órgãos da pelve: trompas, ovários, intestinos e bexiga. Todos os meses, o endométrio fica mais espesso para que um óvulo fecundado possa se implantar nele. Quando não há gravidez, esse endométrio que aumentou descama e é expelido na menstruação. A teoria mais amplamente aceita e que poderia justificar a causa da doença, seria a menstruação retrógrada: um pouco desse sangue migra no sentido oposto e cai nos ovários ou na cavidade abdominal, causando a endometriose.
Quais são os sintomas?
Os principais sintomas da endometriose são dor e infertilidade. A dor da endometriose pode se manifestar como uma cólica menstrual intensa, ou dor pélvica/abdominal à relação sexual, ou dor “no intestino” na época das menstruações, ou, ainda, uma mistura desses sintomas.
Muitas vezes essas dores são consideradas normais, por se tratarem de cólicas menstruais, porém, se as dores forem intensas e frequentes, deve-se procurar orientação médica e fazer os exames necessários para diagnosticar a doença. A maioria das mulheres tem um diagnóstico tardio, o que faz com que elas convivam com os sintomas por muito tempo antes de descobrirem a endometriose e fazerem o tratamento correto.
Como detectar?
Caso algum dos sintomas citados anteriormente se manifeste, existem alguns exames que permitem diagnosticar corretamente a doença:
- Conversa com o paciente a fim de analisar o histórico clínico e o exame físico;
- Ultrassom transvaginal com preparo intestinal;
- Ressonância;
- Ultrassom endoscópico transretal.
Estes exames têm alta sensibilidade e especificidade, o que permite que a pelve seja mapeada com identificação das lesões.
Quais os tratamentos disponíveis?
Tratamento cirúrgico:
Segundo o especialista em endometriose, Dr. Gil Kamergorodsky, atualmente o tratamento mais eficaz para a doença é a videolaparoscopia. Nesse procedimento, a endometriose é removida por meio de cirurgia. Em alguns casos, é possível eliminar apenas os focos da doença ou as complicações que ela traz – como cistos, por exemplo. No entanto, em situações mais sérias, o procedimento precisará até remover os órgãos pélvicos afetados pela enfermidade.
Tratamento com medicamentos:
Existem diversos medicamentos disponíveis no mercado para tratar a endometriose, como: analgésicos, antiinflamatórios, análogos de GNHR, Danazol e Dienogeste. Atualmente também é possível reduzir os sintomas utilizando o DIU com levonorgestrel.
Antes de começar o tratamento, caso a paciente deseje engravidar, poderá ser indicado o encaminhamento para um Centro de Reprodução Humana, pois a melhor alternativa para a mulher que possui endometriose e deseja ter filhos é a fertilização in vitro. Isso porque a presença da endometriose não afeta as taxas de gravidez quando escolhido esse método.
É importante compreender que não existe cura permanente para a endometriose. O objetivo do tratamento é aliviar a dor e amenizar os outros sintomas, como favorecer a possibilidade de gravidez e diminuir as lesões endometrióticas.
Para saber mais detalhes sobre Endometriose você também pode clicar aqui ou marcar uma consulta com nossos médicos, que estão à disposição para maiores esclarecimentos. Para agendar sua consulta ligue nos telefones (11) 5181.3859 / (11) 5182.6321.
por Elaine Rezende | nov 17, 2016 | Saúde da Mulher
O que é?
Todos já ouviram falar mas nem todo mundo entende como funciona a Tensão Pré-Menstrual. Na verdade a TPM é um conjunto de sintomas, tanto físicos quanto psíquicos, que aparecem alguns dias antes do fluxo menstrual. Geralmente os sintomas da TPM tendem a desaparecer no primeiro dia de fluxo ou, em alguns casos, somente quando ele acaba.
Dentre os sintomas físicos podemos citar:
- Dor de cabeça
- Acne
- Aumento de peso
- Inchaço nas mamas
- Dores osteomusculares
- Distensão gasosa
Sintomas psíquicos:
- Depressão
- Vontade de chorar
- Irritabilidade
- Ansiedade
- Insônia
- Fome em excesso ou falta de apetite
- Sonolência
- Dificuldade de concentração
- Cansaço
Existe tratamento?
Em alguns casos a TPM chega ao ponto de atrapalhar a vida pessoal e profissional todos os meses. A alteração dos hormônios nesse período pode provocar, além dos sintomas, perda de qualidade de vida, com dificuldades de cumprir até mesmo as tarefas mais simples.
Como não existe cura, o mais indicado é procurar seu médico e relatar todas as queixas, para que ele consiga recomendar o tratamento correto e individualizado, visto que os sintomas variam muito de pessoa para pessoa.
Normalmente os tratamentos com anticoncepcionais funcionam bem, já que a TPM é ligada à ovulação e com esse método ela é suspensa. Existem também algumas medidas que ajudam no controle dos sintomas:
- Faça atividade física: Pode ser uma caminhada ao ar livre, andar de bicicleta, nadar ou jogar tênis. Isso ajuda a reduzir a tensão e a melhorar a autoestima;
- Procure ter uma alimentação balanceada com verduras, frutas e legumes;
- Diminua o sal. Ele ajuda a provocar inchaços, pois aumenta a retenção de líquidos;
- Evite o consumo excessivo de carboidratos e açúcares, como doces, chocolates e amendoim.