por Elaine Rezende | jun 19, 2017 | Infertilidade e tratamentos, Saúde da Mulher
A endometriose é uma doença que acomete cerca de 6 milhões de mulheres só no Brasil e é associada a aproximadamente 40% a 60% dos casos de infertilidade.
O útero é coberto internamente por um tecido chamado endométrio, que cresce a cada mês e descama, sendo eliminado durante a menstruação. Quando o endométrio é encontrado fora do local correto, que é o útero, forma cistos e nódulos, o que denominamos endometriose.
Os principais sintomas são cólicas fortes, dores na relação sexual, alterações urinária e intestinal durante as menstruações e dificuldade para engravidar por mais de 12 meses.
E qual é a relação da endometriose com a infertilidade?
A endometriose pode causar infertilidade pelos seguintes efeitos:
- Prejudica a liberação do óvulo;
- Interfere no transporte do óvulo pela trompa, tanto pela alteração inflamatória causada pela doença, como por aderências (as trompas “grudam” em outros órgãos e não conseguem se movimentar);
- Alterações inflamatórias e imunológicas no útero e endométrio que atrapalham a implantação do embrião;
- Pode interferir no desenvolvimento embrionário e aumentar a taxa de abortamento.
Acredita-se que a doença não inviabiliza, mas diminui a chance de gestação.
Existem algumas opções de tratamento para a endometriose, dependendo de cada caso.
O tratamento clínico à base de medicação hormonal pode controlar os sintomas e garantir boa qualidade de vida para a mulher, desde que não haja desejo reprodutivo.
Existem várias linhas de tratamento medicamentoso. As mais tradicionais são os medicamentos a base de progesterona, estro progestativos e análogos de GnRH.
Já o tratamento cirúrgico é indicado em casos onde a mulher deseje engravidar. Neste caso, é recomendada a cirurgia de videolaparoscopia, sempre com o intuito de preservar a fertilidade, assim como a boa funcionalidade dos órgãos e sistemas.
por Elaine Rezende | Maio 17, 2017 | Saúde da Mulher
Tudo começa com a inevitável falência dos ovários e a queda dos níveis de estrogênio. Na fase que também pode ser chamada de pré-menopausa, em que os hormônios têm muita oscilação, até mesmo o sono fica prejudicado. A flutuação hormonal causa irritabilidade e em alguns casos também sudoreses noturnas. Como consequência desses incômodos e de noites mal dormidas, a fadiga se instala.
A insônia pode surgir até 7 anos antes da menopausa e costuma se agravar no último ano da pré-menopausa. Mulheres ansiosas ou deprimidas costumam ser aquelas com maior dificuldade para dormir.
Existem algumas opções para ajudar na qualidade do sono, como técnicas de relaxamento, meditação e yoga. A prática de exercícios físicos também é fundamental para prevenir as alterações de humor e promover o bem estar e o sono.
Se você sofre de insônia, é recomendável fazer a higiene do sono, que é uma terapia sem medicação e vale para todas as pessoas. A seguir, os procedimentos sugeridos:
- Não deixar para fazer a última refeição próximo do horário de dormir;
- Preferir pratos leves, de fácil digestão;
- Evitar atividade física depois das seis da tarde pois o exercício depois desse horário desregula o relógio biológico;
- Pessoas mais notívagas devem deixar a casa ou o ambiente onde estiver na penumbra, pois a luz reduzida avisa o cérebro para secretar melatonina, o hormônio do sono.
- Procurar relaxar o corpo em uma poltrona confortável enquanto o sono não vem, vestida com roupa de dormir. Mas só ir para a cama quando estiver sono, realmente.
A alimentação também pode ser uma grande aliada das mulheres na menopausa. Uma dica valiosa é adotar uma dieta rica em soja, que contém isoflavonas, um tipo de fitoestrógeno com estrutura química muito semelhante à do estrogênio, capaz de atenuar os sintomas do fim da fertilidade por participar da produção, do metabolismo e da ação dos hormônios sexuais. As isoflavonas atuam como um substituto do estrógeno e contribuem para a manutenção do equilíbrio hormonal. O consumo das isoflavonas presentes na soja diminui a intensidade e a frequência dos calores, da sudorese, das irritações e até da insônia.
- Como consumir: três colheres de sopa de soja cozida ou uma fatia de tofu equivalem a 50 miligramas de isoflavonas, quantidade diária mínima para os efeitos aparecerem.
por Elaine Rezende | abr 28, 2017 | Saúde da Mulher
O modo como a menopausa chega na vida das mulheres é diferente para cada uma. Há questões físicas e psicológicas que devem ser acompanhadas com a merecida importância.
Devido à queda da taxa dos hormônios estrogênio e progesterona no organismo, alguns sintomas podem surgir e afetar consideravelmente a qualidade de vida, um deles é a atrofia e o ressecamento da vagina.
A atrofia vaginal ocasiona dor durante a relação sexual por causa da diminuição da secreção natural, além disso o tecido fica mais frágil facilitando sangramentos e ainda há alteração do pH vaginal deixando a região mais propensa à infecções. Todos esses fatores podem levar a traumas psicológicos e muitas vezes desconforto nas relações sexuais.
Tratamento:
Existem algumas opções de tratamento para esta condição, tratamentos sistêmicos com reposição hormonal via oral ou transdérmica, ou tratamentos locais como o uso de lubrificante à base de água para auxiliar nas relações sexuais, o uso tópico de estrogênio e o tratamento a laser.
Neste último caso, a ação de estimulação a laser melhora o estado da mucosa que reveste as paredes vaginais e promove a reidratação e recuperação funcional dos tecidos vaginais, rejuvenescendo e devolvendo a qualidade de vida da mulher. Se quiser ler mais detalhes sobre o tratamento a laser você pode clicar aqui .
por Elaine Rezende | abr 12, 2017 | Saúde da Mulher
Os miomas são tumores benignos do útero, que muitas vezes aparecem durante a idade fértil. Eles atingem cerca de 50% das mulheres na faixa etária dos 30 aos 50 anos.
Não se sabe exatamente o motivo pelos quais os miomas aparecem, eles não tem causa única. Normalmente se dão por fatores hormonais, pois eles são tumores hormônio-dependentes – o estrogênio e a progesterona são apontados como os responsáveis pelo seu desenvolvimento. Sua incidência diminui depois da menopausa e geralmente responde bem ao tratamento.
Outros fatores que elevam a propensão do desenvolvimento do mioma são a obesidade e a nuliparidade (não ter filhos).
Nem todas as mulheres com miomas terão sintomas, mas quando eles ocorrem, podem se manifestar por:
- Sangramento menstrual intenso;
- Períodos menstruais prolongados – sete dias ou mais;
- Sangramentos mensais atípicos, às vezes com coágulos;
- Pressão ou dor pélvica;
- Vontade de urinar frequente;
- Dificuldade esvaziar a bexiga;
- Prisão de ventre;
- Dor durante as relações sexuais.
Quando o diagnóstico é positivo para miomas, a paciente deve conversar com seu médico sobre as opções mais adequadas ao seu caso.
Algumas opções de tratamento são os medicamentos hormonais; DIU hormonal; contraceptivos; anti-inflamatórios não esteróides para dor e suplementos de vitaminas e ferro, por conta dos nutrientes perdidos no sangramento. Para casos mais graves existem também tratamentos cirúrgicos como mimectomia ou histerectomia que podem ser realizados por videolaparoscopia.
por Elaine Rezende | mar 27, 2017 | Saúde da Mulher
A infecção urinária pode ocorrer em qualquer parte do sistema urinário, porém é mais comum que acometa a parte inferior, do qual fazem parte a bexiga e a uretra. A principal causa da doença se dá pela presença das bactérias do trato gastrointestinal na região, que migram pela uretra até o trato urinário. Por essa razão a prevalência é maior nas mulheres, onde o canal urinário é mais curto, facilitando a entrada desses microorganismos.
Sintomas:
Os sintomas variam de acordo com cada infecção, sendo os mais comuns:
- Ardência ao urinar;
- Aumento da frequência urinária;
- Sensação de esvaziamento incompleto da bexiga;
- Dor pélvica;
- Alteração do aspecto físico da urina (coloração escura, aparência turva e odor forte);
- Sangue na urina.
- em casos mais severos, a doença pode causar dor lombar, febre e/ou mal-estar.
Tratamento
O tratamento de infecções urinárias varia muito de acordo com o tipo de cada infecção e sua gravidade. Geralmente, é feito à base de antibióticos de curta ou longa duração, dependendo do caso. O tratamento também varia de acordo com a frequência que o paciente apresenta quadros infecciosos.
Prevenção
Para prevenir a infecção urinária principalmente na mulher, deve-se tomar alguns cuidados:
- Ingerir água em grande quantidade;
- Não reter urina;
- Higienizar corretamente a região (após urinar, passar o papel higiênico no sentido de frente para trás);
- Corrigir alterações intestinais como diarreia ou obstipação;
- Urinar após relação sexual para esvaziar a bexiga;
Caso sinta alguns dos sintomas citados anteriormente, procure um médico ginecologista para correto diagnóstico e tratamento e nunca faça uso de remédios por conta própria.
por Elaine Rezende | fev 28, 2017 | Saúde da Mulher
O que é?
A osteoporose é a perda acelerada de massa óssea, que ocorre durante o envelhecimento, causando diminuição da absorção de minerais e cálcio. Pode causar dores crônicas, deformidades, encolhimento, fraturas e quedas.
Vale o alerta: a osteoporose é considerada o segundo maior problema de saúde mundial, ficando atrás apenas das doenças cardiovasculares.
Mulheres são mais afetadas
As mulheres têm os ossos mais finos e mais leves, e as que estão no período pós-menopausa são as mais afetadas, sendo 3 em cada 4 pessoas com a doença. A osteoporose nas mulheres idosas ocorre pela ausência do hormônio estrogênio que, entre outros sintomas, tornam os ossos porosos. Por esse motivo, assim que entra no climatério – período de transição entre a fase reprodutiva e não-reprodutiva – a mulher deve procurar orientação do seu ginecologista, inclusive para saber mais sobre a possibilidade de reposição hormonal. Para ler mais sobre esse assunto você pode clicar aqui.
Fatores de risco
Os principais fatores de risco de desenvolvimento dessa doença são:
- Pele branca;
- Histórico familiar de osteoporose;
- Vida sedentária;
- Baixa ingestão de cálcio e /ou vitamina D;
- Fumo ou bebida alcoólica;
- Medicamentos, como anticonvulsivantes, hormônio tireoidiano, glicocorticóides e heparina;
- Doenças de base, como artrite reumatoide, diabetes, leucemia, linfoma.
Os locais mais afetados pela osteoporose são a coluna, o pulso e o colo do fêmur, sendo este último o mais perigoso.
Prevenção
Como a osteoporose geralmente é detectada somente depois de sua instalação, a prevenção ainda é a melhor medida para retardar ou evitar o aparecimento da doença. Exames como a densitometria óssea, que avalia a densidade dos ossos e músculos do corpo, podendo identificar quando os ossos estão muito finos ou então quando a perda ainda está se iniciando são indicados anualmente para mulheres com 65 anos ou mais, independente dos fatores de risco.
A prevenção da osteoporose também deve ser feita ao longo da vida, com a adoção de hábitos saudáveis. Existem algumas atitudes que podem ser tomadas para evitar a doença:
- Sair do sedentarismo: A prática regular de atividade física desde cedo permite alcançar o pico de massa óssea. São indicados exercícios como caminhada, atividades aeróbicas e musculação.
- Alimentação: Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), é importante ingerir alimentos ricos em cálcio diariamente, numa quantidade de 1.000 a 1.300 mg por dia – o equivalente a cerca de três porções de leite e derivados. Por exemplo: um copo de leite (250 mg de cálcio), um copo de iogurte (300 mg) e uma fatia de queijo (300 mg).
- Aproveitar o sol: Os raios solares são necessários para a produção de vitamina D, substância fundamental na manutenção de um esqueleto saudável. A exposição à luz solar nos horários adequados – pela manhã e ao final da tarde – pode fazer a diferença na produção da vitamina, que também pode ser encontrada em alguns alimentos e suplementos vitamínicos.