por Elaine Rezende | mar 31, 2018 | Gestação, Saúde da Mulher
Vamos começar esse artigo explicando o que é e para que serve a tireoide em nosso corpo: resumidamente, ela é uma glândula que fica localizada na altura do pescoço e produz dois hormônios (o T3 e o T4) essenciais para o metabolismo energético do organismo, isto é, para manter as funções vitais do organismo e também a temperatura do corpo sempre em torno de 36,5 °C. Durante a gestação, a tireoide tem um papel importantíssimo, favorecendo a fecundação e também ajudando a “segurar” o embrião no útero.
O hipotireoidismo ocorre quando a glândula não produz quantidade de hormônios suficiente e é frequente entre as mulheres, especialmente a sua versão que não tem sintomas evidentes. O quadro clínico não é específico, e os sintomas são facilmente confundidos com alterações próprias da gestação como cansaço e ganho de peso inexplicável. E, justamente porque não apresenta os sintomas de deficiência dos hormônios tireoidianos, a mulher pode enfrentar complicações ao longo da gestação.
Durante a gravidez, a glândula precisa fabricar até 50% mais hormônio para dar conta tanto da mãe quanto do bebê. Se ela não funciona o suficiente, o risco de perda do bebê cresce até três vezes.
Para evitar esse tipo de complicação, o médico deve solicitar o teste hormonal antes mesmo da mulher decidir engravidar, ou durante o pré-natal. Se for constatado que ela tem o distúrbio, basta introduzir a correção com hormônios e fazer um acompanhamento de perto com um endocrinologista, visto que será preciso ajustar as dosagens ao longo da gravidez.
Mas são todas as mulheres que devem fazer o exame de tireoide antes de engravidar?
É recomendado que apenas as que tenham histórico familiar para a doença, que têm alguma outra doença autoimune – por exemplo, diabetes, vitiligo, artrite reumatoide ou lúpus -, que já passaram por uma cirurgia na tireoide, que tiveram tireoidite no pós-parto façam o exame.
Não deixe de conversar com o seu médico para tirar todas as suas dúvidas sobre o assunto.
por Elaine Rezende | mar 14, 2018 | Saúde da Mulher
O que é
No ano passado, no Brasil, e recentemente em outros países, a cantora Lady Gaga cancelou vários shows de sua turnê alegando sentir muitas dores devido à fibromialgia. Como se trata de uma figura pública, com milhões de fãs e admiradores, o tema acabou ganhando evidência.
Até então muitas pessoas desconheciam a doença, que é uma síndrome em que a pessoa sente dores por todo o corpo durante longos períodos, com sensibilidade nas articulações, nos músculos, tendões e em outros tecidos moles. A fibromialgia atinge em sua maioria as mulheres e está diretamente ligada também à fadiga, distúrbios do sono, dores de cabeça, depressão e ansiedade.
Sintomas
Os principais sintomas da fibromialgia são relatados como:
- Dor generalizada: presente em diversas partes do corpo e que pode durar até 3 meses;
- Fadiga: acordar já se sentindo cansada, mesmo que tenha dormido por muitas horas. O sono também é constantemente interrompido por causa da dor, e muitos pacientes apresentam outros problemas relativos ao sono, como apneia e insônia;
- Dificuldades cognitivas, como problemas de memória e de concentração;
- Dor de cabeça recorrente ou enxaqueca clássica, dor pélvica e dor abdominal sem causa identificada (Síndrome do intestino irritável);
- Dormência e formigamento nas mãos e nos pés;
- Palpitações.
Causas
As causas da fibromialgia ainda são desconhecidas, mas existem vários fatores que estão frequentemente associados a esta síndrome. São eles:
- Genética: fibromialgia é muito recorrente em pessoas da mesma família, o que pode ser um indicador de que existem algumas mutações genéticas capazes de causar a síndrome;
- Infecções por vírus e doenças autoimunes também podem estar envolvidas nas causas da fibromialgia;
- Distúrbios do sono, sedentarismo, ansiedade e depressão também podem estar ligados de alguma forma à síndrome.
Tratamento
O tratamento de fibromialgia consiste em evitar a incapacidade física, minimizar os sintomas e melhorar a saúde de modo geral e, além de medicamentos específicos, pode envolver:
- Fisioterapia;
- Programa de exercícios e preparo físico;
- Métodos para alívio de estresse, incluindo massagem leve e técnicas de relaxamento;
- Terapia cognitivo comportamental.
por Elaine Rezende | fev 28, 2018 | Saúde da Mulher
A ginástica hipopressiva foi criada na década de 70 e tem ganhado espaço nas academias de ginástica e nas clínicas de reabilitação. No entanto, ainda é uma modalidade desconhecida para muitos, mas que tem diversas vantagens, principalmente para a saúde da mulher.
Esse método auxilia muito as mulheres no pós-parto, pois ajuda o corpo a voltar a sua forma de antes da gravidez e ainda fortalece a região pélvica, trazendo benefícios como o combate a incontinência urinária e fecal e a melhora do desempenho sexual. Além disso ainda ajuda a afinar a cintura, tonificar os músculos das costas, prevenir hérnias, combater os desvios da coluna e melhorar a postura e o equilíbrio.
A ginástica hipopressiva consiste na realização de uma expiração máxima e a seguir deve-se tentar ‘sugar’ o abdômen todo para dentro, ficando sem respirar e mantendo essa contração máxima.
Mas atenção, para realizar esse tipo de exercício é importante procurar um profissional e receber as orientações corretas!
por Elaine Rezende | fev 15, 2018 | Saúde da Mulher
Já ouviu falar do kefir? A aparência é semelhante a de um iogurte, muita gente já conhece e consome diariamente como hábito de uma vida mais saudável. Para quem ainda não conhece, vamos falar um pouco sobre o que é e seus benefícios, em especial para a saúde da mulher:
Kefir é uma bebida fermentada rico em bactérias probióticas que melhoram a flora intestinal, auxiliam na imunidade e melhoram o trânsito intestinal, ajudando a manter a saúde geral do organismo. Além disso o kefir é bastante utilizado por mulheres que querem emagrecer, por ter poucas calorias e muitas proteínas.
A bebida contém altos níveis de vitamina B12, cálcio, magnésio, vitamina K2, biotina, folato, enzimas e probióticos. Por causa do seu conjunto único de nutrientes, pesquisas mostram que ele pode contribuir para:
- Impulsionar a imunidade;
- Tratar doenças inflamatórias do intestino;
- Construir densidade óssea, combatendo a osteoporose que é muito comum na fase da menopausa;
- Lutar contra alergias;
- Melhorar a digestão da lactose;
- Matar o fungo Cândida, que causa Candidíase;
- Desintoxicar o organismo.
Existem dois tipos de kefir:
1- De leite
Como o próprio nome diz, o kefir de leite precisa de leite pasteurizado (integral, semidesnatado ou desnatado), leite de coco ou leite de castanhas como base.
2- De água
Esse tipo se alimenta de água mineral ou água de coco com açúcar mascavo ou açúcar demerara.
Como fazer?
O kefir pode ser feito em casa. É muito comum encontrar na internet grupos de doação, mas você também pode encontrar os grãos de kefir para comprar. Para fazer é simples, basta adicionar uma colher de sopa de grãos a duas xícaras de leite, água adoçada ou água de coco. Deixe ficar em temperatura ambiente fermentando de 12 a 36 horas. Escorra o líquido com um pano de queijo e seu kefir está pronto para consumo.
por Elaine Rezende | jan 31, 2018 | Saúde da Mulher
O HPV (Human Papiloma Virus) é um vírus que pode ser transmitido sexualmente e causar infecções na área genital. Ele pode ser controlado, mas ainda não há cura. Nas mulheres, quando não é tratado, torna-se a principal causa do desenvolvimento do câncer de colo do útero.
Podem existir sintomas nas pessoas infectadas ou não. Quando se manifesta, um dos principais sinais da doença é o surgimento de verrugas na região da vagina e no ânus. Já os sintomas não visíveis a olho nu podem aparecer como lesões no colo do útero.
O Papanicolau é o primeiro exame que vai detectar esse tipo de lesão no colo do útero. Caso sejam observadas alterações que o HPV pode causar nas células, o médico poderá solicitar mais exames para confirmar a presença do vírus.
A prevenção é feita principalmente com a vacina bivalente ou quadrivalente e o uso de preservativos em todas as relações sexuais. No caso do HPV, existe ainda a possibilidade de contaminação por meio do contato de pele com pele, e pele com mucosa. Isso significa que qualquer contato sexual – incluindo sexo oral e masturbação – pode transmitir o vírus. O contágio também pode ocorrer por meio de roupas e objetos, o que torna a vacina um elemento relevante da prevenção, bem como a prevenção e tratamento em conjunto do casal.
por Elaine Rezende | dez 30, 2017 | Saúde da Mulher
Cervicite ou endocervicite, como também é conhecida, é uma inflamação do útero e pode ter origem viral, bacteriana ou parasitária. Normalmente acomete mulheres entre 18 a 25 anos. Sua forma mais comum é a bacteriana e em muitos casos a mulher não apresenta sintomas da doença.
Nos casos em que são observados sintomas, normalmente são eles:
- Irritação;
- Vermelhidão no local;
- Corrimento (sai do colo do útero e pode se exteriorizar pela vagina);
- Sangramento após a relação sexual;
- Dor pélvica;
- Febre.
Essa irritação pode ser causada por outras doenças sexualmente transmissíveis, como gonorreia, herpes e clamídia. Outra causa possível para a cervicite é a sensibilidade causada por determinados produtos químicos, como os dos espermicidas das camisinhas e até mesmo dos tampões vaginais.
O diagnóstico da doença é realizado por meio de exames ginecológicos, sendo o principal deles a coleta de amostra da secreção cervical, que pode acontecer durante a realização do papanicolau.
Caso não haja o tratamento adequado dessa doença, a mulher pode desenvolver enfermidades mais sérias, como infertilidade, doença inflamatória pélvica e aumento da possibilidade da gravidez ectópica. Por isso ao apresentar algum dos sintomas, procure imediatamente o seu ginecologista. E, mesmo que não seja notado nada de diferente, não deixe de realizar os exames ginecológicos de rotina, eles são fundamentais para a sua saúde e para a preservação da fertilidade.