por Elaine Rezende | set 30, 2017 | Gestação, Saúde da Mulher
Se você é o tipo de grávida que não abre mão da vida saudável e do exercício físico, mesmo durante a gestação, você está no caminho certo. Se você não é adepta à atividades físicas, melhor começar a considerar a hipótese de criar novos hábitos, que só trazem benefícios, principalmente durante essa fase. Lembrando que a prática de qualquer exercício físico, mesmo os mais leves, deve ser feita sob orientação de um profissional e deve ser liberada pelo obstetra, caso contrário é necessário seguir as recomendações de repouso para evitar riscos à sua saúde e a do bebê.
Praticar exercícios físicos reduz o risco de complicações obstétricas, gera maior controle de ganho de peso da mãe, evitando o diabetes gestacional e hipertensão, por exemplo, e atua positivamente no estado psicológico, diminuindo a incidência de depressão e estresse.
Cuidados
Alguns cuidados devem ser tomados ao praticar as atividades físicas: use roupas frescas, evite altas temperaturas e beba muita água para se manter hidratada. Também é importante conversar com seu médico sobre o uso de protetor solar no caso de atividades ao ar livre, pois devido ao aumento na taxa de hormônios, o sol pode aumentar as manchas na pele da gestante, principalmente na face.
Atividades recomendadas
As atividades físicas mais recomendadas são as praticadas na água, como hidroginástica e natação, uma vez que evitam as forças gravitacionais, diminuindo as dores lombares e o inchaço.
Uma boa alternativa para prevenir a perda do tônus muscular e melhorar a flexibilidade são os exercícios posturais como yoga, pilates e RPG.
Caminhadas leves também são uma ótima opção para não ficar no sedentarismo.
Algumas práticas podem ser contraindicadas em casos específicos, principalmente para mulheres com problemas cardíacos, em trabalho de parto prematuro, gravidez múltipla, feto com crescimento inadequado, entre outros. Consulte sempre seu médico para que, juntos, vocês escolham a atividade ideal para esse momento.
por Elaine Rezende | set 14, 2017 | Gestação
A gravidez está na reta final, está chegando a hora de ter seu bebê nos braços e a ansiedade começa a tomar conta. Você percebe que os seios estão cheios de leite e começam a surgir dúvidas sobre a amamentação. Vamos tentar explicar aqui tudo o que você precisa saber sobre esse momento tão importante e delicado entre mãe e filho.
Tipos de leite
A mulher produz 3 tipos de leite durante a amamentação:
O colostro é o primeiro leite na amamentação do bebê e pode durar até 12 dias após o nascimento. É espesso e amarelado, rico em anticorpos e proteínas. Durante a transição entre o colostro e o leite maduro, a quantidade de calorias do leite aumenta e então é produzido o leite de transição. A partir de então é produzido o leite maduro que será ofertado ao bebê até que ele pare de mamar. Ele contém todos os nutrientes necessários para o bebê, protegendo contra doenças infecciosas e diarreias. Em uma mamada, o primeiro terço do leite maduro é chamado de leite anterior. Os outros dois terços são o leite posterior, com mais gordura. É importante que, a cada mamada, o bebê esvazie pelo menos uma das mamas para ter acesso a todos os nutrientes.
Importância da amamentação:
O ato de amamentar, além de criar um forte laço emocional entre mãe e filho, tem benefícios para ambos. Ele é essencial para o fortalecimento da musculatura da face e da boca do bebê, o que contribui com a fala e a oclusão dos dentes. O leite materno oferece à criança capacidade imunológica que a protege de diversas patologias. Além disso, amamentar está relacionado com menor risco da mulher desenvolver câncer e osteoporose e de quebra ainda é um excelente aliado na recuperação do peso anterior à gravidez.
Tratamento e cuidados:
Quem já amamentou sabe: produzir leite gasta muita energia! A alimentação é extremamente importante nesta fase, por isso começar uma dieta de emagrecimento pode comprometer a produção e a quantidade de leite e, consequentemente, prejudicar a nutrição do bebê. A mulher necessita de uma alimentação balanceada, com aproximadamente 300 calorias adicionais por dia, e uma boa ingestão de líquidos como água, sucos e chás naturais (erva-doce ou camomila).
A amamentação nem sempre é fácil. Muitas vezes os seios racham, sangram e doem e também pode acontecer de leite empedrar. O importante é persistir e não desanimar! Os sintomas passam e as mamadas ficam mais fáceiis.
Algumas dicas podem ajudar a conseguir uma melhor amamentação:
- Se possível, tomar de 10 a 15 minutos de sol nos seios todos os dias, antes das 10 horas da manhã ou depois das 4 horas da tarde, é uma ótima medida;
- Após cada mamada, lave bem as mamas e esvazie o restante de leite manualmente;
- Sempre dê ao bebê, inicialmente, a mama mais cheia;
- Ao tirar a boca do bebê do peito, coloque a ponta do dedo mínimo dentro da boca da criança para desfazer o vácuo e evitar feridas;
- Amamente sentada para evitar que o bebê regurgite
- Lave as mãos antes de amamentar;
- Estimule o reflexo do bebê passando o bico dos seios nos cantos da boca ou no lábio inferior. Ele deve abocanhar o bico e a maior parte da aréola com os lábios virados para fora. Dessa forma estará evitando a formação de fissura mamária;
- A amamentação dura conforme o ritmo do seu bebê. Com o tempo, você saberá quando ele está satisfeito;
- Segure o bumbum do bebê de modo que a cabeça dele fique na dobra do seu cotovelo e a barriga dele esteja voltada para a sua. Assim ele engolirá menos ar e conseguirá mamar melhor.
por Elaine Rezende | ago 31, 2017 | Gestação, Saúde da Mulher
Logo nos primeiros dias após o parto, a mulher tem um sangramento, que acontece porque o útero está eliminando o material que o revestia durante a gestação e voltando ao seu tamanho normal. Também chamado de lóquio, esse sangramento pode durar de 3 a 6 semanas, mas ainda não é a menstruação. Muitas mulheres acham que esse sangramento já é o ciclo menstrual voltando ao normal e depois se preocupam quando no mês seguinte a menstruação não vem, achando que tem algo errado.
O que muitas mães não sabem a respeito da menstruação no pós-parto, é que a amamentação tem relação direta com a volta do seu ciclo menstrual.
As mães que amamentam regularmente, tanto durante o dia quanto à noite, podem passar até um ano livre das cólicas, da TPM (tensão pré-menstrual) e dos absorventes. Ou seja, quanto mais o bebê mamar no peito, mais vai demorar para o ciclo menstrual voltar.
As que não estão amamentando podem ter os ciclos menstruais regulares já um mês depois do parto, ou pode demorar de dois a três meses para voltar, isso vai depender do organismo de cada uma.
É possível engravidar amamentando?
O organismo libera o primeiro óvulo pós-parto antes da mulher menstruar, portanto não há como prever quando isso pode acontecer. Assim, se não adotar um método anticoncepcional logo que retomar as relações sexuais, a mulher pode engravidar antes mesmo de voltar a menstruar. Essa situação é, inclusive, bastante comum.
Alguns tipos de pílula não são adequados para a fase de amamentação, portanto converse com o ginecologista e com seu parceiro para decidir qual é o melhor método preventivo para o casal.
por Elaine Rezende | ago 14, 2017 | Gestação
Quem nunca ouviu os mais antigos dizerem que fazer sexo durante a gestação é errado ou que machuca o bebê? Pois saiba que isso não passa de um mito.
O casal pode ter relações sexuais enquanto for confortável para a mulher. Além de não oferecer riscos ao bebê, a relação sexual ajuda a elevar sua autoestima ao fazê-la se sentir mais bonita e valorizada, e ainda contribui para um relacionamento saudável com seu parceiro.
Existe um tampão mucoso responsável por fechar o colo do útero e proteger o bebê contra infecções. O saco amniótico e os fortes músculos do útero também o protegem, portanto ele está totalmente seguro durante as relações sexuais.
Quando estiver chegando a hora de nascer, praticar sexo pode até mesmo ajudar a induzir o parto, caso a mulher se sinta confortável com a ideia. A prática não é recomendada apenas quando há dor, sangramentos ou orientação médica por conta de uma gestação de risco.
Cuidados
Por não haver preocupação com a anticoncepção, alguns casais abandonam o uso de preservativos. A recomendação é que a camisinha continue sendo utilizada durante a gestação, pois a imunidade da mulher grávida é mais frágil e o risco de contrair uma enfermidade por via sexual é igual ou maior que a de uma não gestante.
por Elaine Rezende | jul 31, 2017 | Gestação
No Brasil, desde 1977 é obrigatória a aplicação de uma solução de nitrato de prata a 1% em cada um dos olhos do recém-nascido no prazo de uma hora após o nascimento. A prática, também conhecida como credeização ou método de credé, é realizada para a prevenção da conjuntivite gonocócica, causada pela bactéria gonococo e pela clamydia trachomatis, que pode ser transmitida pela mãe durante o nascimento, por contato vaginal.
O que algumas mães alegam como motivo para não permitir que o hospital realize esse procedimento, é que a aplicação dessa substância pode causar um quadro irritativo, classificado como conjuntivite química. O fato de secar o excesso do produto com algodão ou gaze logo após a administração do nitrato de prata, minimiza essa probabilidade, pois evita que grandes quantidades dele se acumulem, agredindo o tecido.
Ainda assim, se ocorrer a conjuntivite química, é um quadro temporário, sem prejuízos futuros aos olhos dos bebês. Avaliados os riscos e benefícios, recomendamos que se faça essa prevenção, pois se o bebê for contaminado pela bactéria, existe o risco das complicações decorrentes levarem até mesmo à cegueira.
por Elaine Rezende | jul 18, 2017 | Gestação
O que é?
O plano de parto é um documento com uma lista de itens relacionados ao parto, sobre os quais a mulher pensou e refletiu. Pode incluir onde ela quer ter seu bebê, quem estará presente, quais serão os procedimentos médicos que ela aceita e quais prefere evitar, etc. O plano deve ser discutido com o médico algum tempo antes da data prevista do parto, nas consultas do pré-natal.
Qual a importância do plano de parto?
O plano de parto serve justamente para propiciar uma maior reflexão e compreensão sobre o tipo de parto que a mulher prefere. É um exercício que pode ajudar a mulher a definir o que é importante para ela e fazer com que ela se sinta mais bem preparada para conversar com seu médico.
O que deve conter?
Importante frisar que o plano de parto não deve ser simplesmente copiado, já que deve ser um documento individual, de acordo com as preferências de cada mulher. O que pode ser feito é tomar um exemplo já existente apenas para seguir o modelo (existem muitos pela internet). É interessante constar no plano de parto suas preferências:
- Durante o trabalho de parto: ambiente, acompanhante, procedimentos, técnicas de indução ao parto, alimentos ou bebidas, objetos pessoais, uso ou não de medicamentos para dor.
- Durante o parto: qual a posição mais confortável, permitir a episiotomia apenas se for realmente constatada a real necessidade, uso ou não de anestesia, o pai cortar o cordão umbilical, que o bebê seja colocado imediatamente no colo da mãe, permitir ou não a aplicação de nitrato de prata nos olhos do bebê (credeização), tirar fotografias ou filmar durante o parto.
- Pós-parto: amamentar na primeira hora do nascimento, alojamento conjunto, presença ou não do pai no quarto até a alta, receber ou não visitas.
- No caso de cesárea: escolha de médico, hospital e tipo de anestesia, acompanhante, ser informada de cada procedimento, amamentação tão logo quanto seja possível, uso ou não de sedativos pós-operatórios.
Existem mais itens que podem ser adicionados ao seu plano de parto e o ideal é que ele esteja pronto lá pelo sétimo mês. Será importante para a relação médico-paciente ambos conhecerem melhor as intenções dos dois lados. Além da paciente se sentir mais segura, o médico certamente se beneficiará de estar atendendo alguém mais preparado.