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Osteoporose

Osteoporose

O que é?

 

A osteoporose é a perda acelerada de massa óssea, que ocorre durante o envelhecimento, causando diminuição da absorção de minerais e cálcio. Pode causar dores crônicas, deformidades, encolhimento, fraturas e quedas.

 

Vale o alerta: a osteoporose é considerada o segundo maior problema de saúde mundial, ficando atrás apenas das doenças cardiovasculares.

 

Mulheres são mais afetadas

 

As mulheres têm os ossos mais finos e mais leves, e as que estão no período pós-menopausa são as mais afetadas, sendo 3 em cada 4 pessoas com a doença. A osteoporose nas mulheres idosas ocorre pela ausência do hormônio estrogênio que, entre outros sintomas, tornam os ossos porosos. Por esse motivo, assim que entra no climatério – período de transição entre a fase reprodutiva e não-reprodutiva – a mulher deve procurar orientação do seu ginecologista, inclusive para saber mais sobre a possibilidade de reposição hormonal. Para ler mais sobre esse assunto você pode clicar aqui. 

 

Fatores de risco

 

Os principais fatores de risco de desenvolvimento dessa doença são:

 

  • Pele branca;
  • Histórico familiar de osteoporose;
  • Vida sedentária;
  • Baixa ingestão de cálcio e /ou vitamina D;
  • Fumo ou bebida alcoólica;
  • Medicamentos, como anticonvulsivantes, hormônio tireoidiano, glicocorticóides e heparina;
  • Doenças de base, como artrite reumatoide, diabetes, leucemia, linfoma.

 

Os locais mais afetados pela osteoporose são a coluna, o pulso e o colo do fêmur, sendo este último o mais perigoso.

 

Prevenção

 

Como a osteoporose geralmente é detectada somente depois de sua instalação, a prevenção ainda é a melhor medida para retardar ou evitar o aparecimento da doença. Exames como a densitometria óssea, que avalia a densidade dos ossos e músculos do corpo, podendo identificar quando os ossos estão muito finos ou então quando a perda ainda está se iniciando são indicados anualmente para mulheres com 65 anos ou mais, independente dos fatores de risco.

 

A prevenção da osteoporose também deve ser feita ao longo da vida, com a adoção de hábitos saudáveis. Existem algumas atitudes que podem ser tomadas para evitar a doença:

 

  • Sair do sedentarismo: A prática regular de atividade física desde cedo permite alcançar o pico de massa óssea. São indicados exercícios como caminhada, atividades aeróbicas e musculação.

 

  • Alimentação: Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), é importante ingerir alimentos ricos em cálcio diariamente, numa quantidade de 1.000 a 1.300 mg por dia – o equivalente a cerca de três porções de leite e derivados. Por exemplo: um copo de leite (250 mg de cálcio), um copo de iogurte (300 mg) e uma fatia de queijo (300 mg).

 

  • Aproveitar o sol: Os raios solares são necessários para a produção de vitamina D, substância fundamental na manutenção de um esqueleto saudável. A exposição à luz solar nos horários adequados – pela manhã e ao final da tarde – pode fazer a diferença na produção da vitamina, que também pode ser encontrada em alguns alimentos e suplementos vitamínicos.
Gravidez ectópica

Gravidez ectópica

O que é?

 

Também conhecida como gravidez tubária ou nas trompas, a gravidez ectópica é quando o óvulo fertilizado se instala em algum lugar fora do útero. Ela pode ocorrer nas trompas de falópio, na cavidade abdominal, no ovário ou no colo do útero. Em uma gravidez comum, o óvulo fertilizado se prende ao revestimento do útero.

 

Possíveis causas e fatores de risco

 

A causa mais comum de gravidez ectópica é quando há inflamações e cicatrizes nas trompas de falópio, decorrentes de uma doença ou cirurgia anterior. Isso pode fazer com que o óvulo fertilizado fique estacionado em uma área danificada de uma tuba e comece a crescer lá mesmo. Outras causas comuns de danos nas trompas de Falópio que podem levar a uma gravidez ectópica incluem:

 

  • Doença inflamatória pélvica, que pode surgir a partir de infecção por clamídia ou gonorreia
  • Gravidez ectópica anterior

 

Outros fatores de risco que podem estar ligados à gravidez ectópica:

 

  • Tabagismo
  • Problemas de fertilidade
  • Trompas de falópio com formato incomum
  • Histórico de cirurgia pélvica ou abdominal 
  • Histórico de endometriose
  • Histórico de DST’s
  • Concepção auxiliada por medicamentos de fertilidade ou procedimentos
  • Uso inadequado do DIU (se o dispositivo não estiver bem posicionado no útero, pode ocorrer uma gravidez, com grandes possibilidade de ser ectópica)
  • Gravidez após cirurgia de laqueadura (embora a gravidez após a ligadura tubária seja rara, se isso acontecer, é mais provável que seja ectópica).

 

Sintomas

 

Inicialmente, uma gravidez ectópica tem os mesmo sintomas de uma gravidez comum, como atraso na menstruação, seios sensíveis e inchados, fadiga, náusea e aumento da micção.

Os primeiros sinais de uma gravidez ectópica podem ser:

 

  • Hemorragia vaginal, que pode ser leve
  • Dor abdominal ou dor pélvica, geralmente seis a oito semanas após a ausência de menstruação.

 

Conforme a gravidez progride, outros sintomas podem aparecer, como:

 

  • Dor de barriga ou dor pélvica, que pode piorar com o movimento ou esforço. Pode começar bruscamente de um lado e depois se espalhar por toda a região pélvica
  • Sangramento vaginal moderado ou intenso
  • Dor no coito ou durante um exame pélvico
  • Tonturas, vertigens ou desmaio, causados por hemorragia interna
  • Sinais de choque hipovolêmico (causado pela perda de grandes quantidades de sangue e líquidos)

 

Tratamentos

 

Infelizmente, uma gravidez ectópica não pode prosseguir normalmente. O ovo fertilizado não sobrevive e o feto em crescimento pode destruir várias estruturas maternas. Se não for tratada, há o risco de hemorragias, que podem ser fatais.

 

O tratamento precoce de uma gravidez ectópica pode ajudar a preservar a fertilidade. Nos casos em que a gravidez não está causando sangramento, a paciente pode ter uma escolha entre o uso de medicamentos ou cirurgia para interrompê-la.

 

Se a gravidez está causando sintomas graves, sangramento ou altos níveis de hCG (hormônio produzido durante a gravidez e que serve para criar um ambiente favorável para o desenvolvimento fetal), a cirurgia normalmente é necessária. Isso ocorre porque os medicamentos geralmente não funcionam nesses casos e uma ruptura torna-se mais provável conforme o tempo passa. Quando possível, a cirurgia laparoscópica é feita.

 

Nos casos em que a gravidez parece estar abortando espontaneamente, os tratamentos acima não serão necessários, apenas um acompanhamento médico.

 

Recuperação

 

É comum a mulher desenvolver depressão depois de passar por uma experiência como essa. O melhor a fazer é comunicar ao médico se os sintomas de depressão se estenderem por mais de 15 dias.

 

O ideal é esperar um tempo para tentar engravidar novamente e estar consciente de que existem chances de reincidência, principalmente se um problema reprodutivo existente provocou a gravidez ectópica. No caso das trompas de Falópio estarem intactas, existe uma possibilidade de 60% de ter uma gravidez normal no futuro.

Candidíase

Candidíase

O que é?

 

Muito comum entre as mulheres, a candidíase vaginal é uma infecção ocasionada por fungo, o Cândida ou Monília, que causa um corrimento espesso e esbranquiçado, acompanhada geralmente de irritação no local. Cerca de 75% das mulheres têm essa infecção pelo menos uma vez na vida.

 

A candidíase é considerada uma DST (doença sexualmente transmissível)?

 

Para alguns especialistas, a candidíase não é uma doença sexualmente transmissível, pois pode ocorrer mesmo sem o contato íntimo. Alguns estudos indicam que o fungo pode estar na flora vaginal, assim, quando a resistência do organismo cai ou quando a resistência vaginal está baixa pode ocorrer a multiplicação do fungo e a manifestação dos sintomas.

 

Quais os sintomas?

 

Os sinais mais comuns dessa doença são: corrimento esbranquiçado, coceira, escoriações na região vulvar e coloração vermelha na vagina.

Em casos extremos, a candidíase pode causar úlceras.

 

Tratamentos

 

Para o tratamento da doença é recomendado o uso de antimicóticos via oral, além da utilização de creme vaginal de uso tópico, geralmente por 7 dias ou mais, dependendo da avaliação do médico.

 

Juntamente com os medicamentos, são recomendadas algumas medidas simples:

 

  • Vestir roupas mais soltas e calcinhas de algodão;
  • Não praticar duchas vaginais;
  • Não utilizar desodorantes íntimos;
  • Abstinência sexual durante o tratamento;

 

Importante lembrar que os medicamentos devem ser recomendados sempre por um ginecologista, após exame clínico.

 

Prevenção

 

Como já foi dito, a candidíase acontece principalmente quando a resistência do organismo cai. Alguns dos fatores abaixo são facilitadores da doença, portanto para se prevenir deve-se estar atenta a eles:

 

  • Outras infecções (por exemplo, pelo vírus HIV);
  • Deficiência imunológica;
  • Medicamentos como anticoncepcionais e corticoides;
  • Relação sexual desprotegida com parceiro contaminado;
  • Vestuário inadequado (roupas apertadas e biquínis molhados; lycra e roupa de academia que aumentam a temperatura vaginal);
  • Duchas vaginais em excesso.
Coletor menstrual

Coletor menstrual

O que é?

 

O coletor menstrual ganhou muita visibilidade nos últimos anos e ainda divide opiniões entre as mulheres. Feito de silicone medicinal, o coletor substitui o uso dos absorventes comuns. Ele é flexível e se adapta facilmente ao corpo, tornando-se quase imperceptível durante seu uso.

 

Como funciona?

 

Antes de iniciar a utilização do coletor, ele deve ser fervido de 5 a 8 minutos. Depois disso, higienizar bem as mãos para que não haja o risco de contaminar o coletor.

Para inserir deve-se dobrar o coletor. Logo após ser inserido, o coletor se abre e se molda facilmente ao corpo.

Quando bem encaixado faz um vácuo que impede que o sangue menstrual vaze, trazendo conforto e liberdade de movimentos para o dia a dia.

Importante lembrar que o coletor deve ser esvaziado a cada oito ou no máximo 12 horas.

 

Tem validade?

 

Geralmente o coletor dura até 10 anos, se seguidas as instruções de uso e higiene corretamente.

 

Tem alguma contraindicação?

 

O produto é contraindicado para virgens, adolescentes na primeira menstruação, mulheres em período pós-parto e mulheres com deformidade vaginal.

 

Quais os principais benefícios?

 

Por não deixar que o sangue menstrual fique em contato com a pele, o coletor diminui a incidência de infecções e alergias decorrentes do uso do absorvente comuns, tanto internos quanto externos, e também a proliferação de bactérias na região íntima.

Além disso, possibilita que a mulher faça todas as atividades físicas, mesmo que tenha fluxo intenso. Na hora do sono, quando mais tem a possibilidade de vazar sangue (se está sendo utilizado um absorvente comum), o coletor continua sendo muito eficaz, trazendo máxima proteção.

Outros benefícios que vale a pena citar são a economia e a consciência ecológica: uma vez que o coletor dura até 10 anos, o investimento é feito somente uma vez nesse período e não todo mês como ocorre com os outros tipos de absorvente, gerando também menos lixo – o esvaziamento pode ser feito em até 12 horas, enquanto com os absorventes comuns o período de troca é a cada duas horas.

 

Síndrome do ovário policístico – o que é, sintomas, tratamentos e prevenção

Síndrome do ovário policístico – o que é, sintomas, tratamentos e prevenção

O que é?

 

A Síndrome do Ovário Policístico é um distúrbio endócrino que provoca alteração dos níveis hormonais, levando à formação de cistos nos ovários que fazem com que eles aumentem de tamanho. Também conhecida pela sigla SOP.

 

Segundo o Serviço de Endocrinologia do Hospital das Clínicas de São Paulo, a Síndrome do Ovário Policístico atinge cerca de 7% das mulheres na idade reprodutiva.

 

Sintomas

 

A Síndrome do Ovário Policístico é uma doença caracterizada pela menstruação irregular (a falta crônica de ovulação ou a deficiência dela é o principal sinal da síndrome). Outros sintomas também alertam para a doença, como: alta produção do hormônio masculino (testosterona), causando aumento de pelos no rosto, seios e abdômen, obesidade e acne.

 

Em casos mais graves, a SOP pode levar ao desenvolvimento de diabetes, doenças cardiovasculares, infertilidade e câncer do endométrio.

 

O diabetes, particularmente, tem uma forte ligação com a SOP. Isso porque a insulina é o hormônio responsável por facilitar a entrada de glicose na célula. Em algumas doenças como a SOP, existe um defeito na sua ação, que leva ao acúmulo de glicose no sangue. Como consequência, surge o diabetes e também um aumento da concentração de insulina no sangue.

 

Tratamentos

 

Os principais tratamentos existentes hoje são:

 

Anticoncepcionais orais – A pílula melhora os sintomas de aumento de pelos, aparecimento de espinhas, irregularidade menstrual e cólicas. Não há uma pílula específica para o controle dos sintomas, mas existem pílulas que têm um efeito melhor sobre a acne, espinhas e pele oleosa. Mulheres que não podem tomar a pílula se beneficiam de tratamentos à base de progesterona. Para esse tratamento é fundamental que a paciente não tenha desejo de engravidar.

 

Antidiabetogênicos orais – Estando a síndrome dos ovários policísticos associada à resistência insulínica, um dos tratamentos disponíveis é por meio de medicamentos para diabetes.

 

Dieta e atividade física – Como já foi dito anteriormente, dieta e atividade física diminuem os riscos de complicações como o diabetes, e devem ser feitas simultaneamente com as medidas terapêuticas.

 

Cirurgia – Cada vez mais os métodos cirúrgicos para essa síndrome têm sido abandonados em função da eficiência do tratamento com anticoncepcionais orais.

 

O tratamento da síndrome dos ovários policísticos depende dos sintomas que a mulher apresenta e do que ela pretende. Cabe ao médico e à paciente a avaliação do melhor tratamento.

 

Prevenção

 

A causa exata da síndrome dos ovários policísticos ainda não é totalmente conhecida, uma das hipóteses é que tenha uma origem genética, pois quando há casos de SOP em parentes próximas como mães e irmãs a chance de desenvolver a doença aumenta.

 

Mulheres que estão acima do peso, têm glicemia, pressão arterial e taxa de colesterol elevadas fazem parte do grupo de risco da doença, por isso precisam se prevenir seguindo uma dieta saudável, praticando exercícios físicos e realizando acompanhamento ginecológico anual.