por Elaine Rezende | ago 31, 2017 | Gestação, Saúde da Mulher
Logo nos primeiros dias após o parto, a mulher tem um sangramento, que acontece porque o útero está eliminando o material que o revestia durante a gestação e voltando ao seu tamanho normal. Também chamado de lóquio, esse sangramento pode durar de 3 a 6 semanas, mas ainda não é a menstruação. Muitas mulheres acham que esse sangramento já é o ciclo menstrual voltando ao normal e depois se preocupam quando no mês seguinte a menstruação não vem, achando que tem algo errado.
O que muitas mães não sabem a respeito da menstruação no pós-parto, é que a amamentação tem relação direta com a volta do seu ciclo menstrual.
As mães que amamentam regularmente, tanto durante o dia quanto à noite, podem passar até um ano livre das cólicas, da TPM (tensão pré-menstrual) e dos absorventes. Ou seja, quanto mais o bebê mamar no peito, mais vai demorar para o ciclo menstrual voltar.
As que não estão amamentando podem ter os ciclos menstruais regulares já um mês depois do parto, ou pode demorar de dois a três meses para voltar, isso vai depender do organismo de cada uma.
É possível engravidar amamentando?
O organismo libera o primeiro óvulo pós-parto antes da mulher menstruar, portanto não há como prever quando isso pode acontecer. Assim, se não adotar um método anticoncepcional logo que retomar as relações sexuais, a mulher pode engravidar antes mesmo de voltar a menstruar. Essa situação é, inclusive, bastante comum.
Alguns tipos de pílula não são adequados para a fase de amamentação, portanto converse com o ginecologista e com seu parceiro para decidir qual é o melhor método preventivo para o casal.
por Elaine Rezende | ago 14, 2017 | Gestação
Quem nunca ouviu os mais antigos dizerem que fazer sexo durante a gestação é errado ou que machuca o bebê? Pois saiba que isso não passa de um mito.
O casal pode ter relações sexuais enquanto for confortável para a mulher. Além de não oferecer riscos ao bebê, a relação sexual ajuda a elevar sua autoestima ao fazê-la se sentir mais bonita e valorizada, e ainda contribui para um relacionamento saudável com seu parceiro.
Existe um tampão mucoso responsável por fechar o colo do útero e proteger o bebê contra infecções. O saco amniótico e os fortes músculos do útero também o protegem, portanto ele está totalmente seguro durante as relações sexuais.
Quando estiver chegando a hora de nascer, praticar sexo pode até mesmo ajudar a induzir o parto, caso a mulher se sinta confortável com a ideia. A prática não é recomendada apenas quando há dor, sangramentos ou orientação médica por conta de uma gestação de risco.
Cuidados
Por não haver preocupação com a anticoncepção, alguns casais abandonam o uso de preservativos. A recomendação é que a camisinha continue sendo utilizada durante a gestação, pois a imunidade da mulher grávida é mais frágil e o risco de contrair uma enfermidade por via sexual é igual ou maior que a de uma não gestante.
por Elaine Rezende | jul 31, 2017 | Gestação
No Brasil, desde 1977 é obrigatória a aplicação de uma solução de nitrato de prata a 1% em cada um dos olhos do recém-nascido no prazo de uma hora após o nascimento. A prática, também conhecida como credeização ou método de credé, é realizada para a prevenção da conjuntivite gonocócica, causada pela bactéria gonococo e pela clamydia trachomatis, que pode ser transmitida pela mãe durante o nascimento, por contato vaginal.
O que algumas mães alegam como motivo para não permitir que o hospital realize esse procedimento, é que a aplicação dessa substância pode causar um quadro irritativo, classificado como conjuntivite química. O fato de secar o excesso do produto com algodão ou gaze logo após a administração do nitrato de prata, minimiza essa probabilidade, pois evita que grandes quantidades dele se acumulem, agredindo o tecido.
Ainda assim, se ocorrer a conjuntivite química, é um quadro temporário, sem prejuízos futuros aos olhos dos bebês. Avaliados os riscos e benefícios, recomendamos que se faça essa prevenção, pois se o bebê for contaminado pela bactéria, existe o risco das complicações decorrentes levarem até mesmo à cegueira.
por Elaine Rezende | jul 18, 2017 | Gestação
O que é?
O plano de parto é um documento com uma lista de itens relacionados ao parto, sobre os quais a mulher pensou e refletiu. Pode incluir onde ela quer ter seu bebê, quem estará presente, quais serão os procedimentos médicos que ela aceita e quais prefere evitar, etc. O plano deve ser discutido com o médico algum tempo antes da data prevista do parto, nas consultas do pré-natal.
Qual a importância do plano de parto?
O plano de parto serve justamente para propiciar uma maior reflexão e compreensão sobre o tipo de parto que a mulher prefere. É um exercício que pode ajudar a mulher a definir o que é importante para ela e fazer com que ela se sinta mais bem preparada para conversar com seu médico.
O que deve conter?
Importante frisar que o plano de parto não deve ser simplesmente copiado, já que deve ser um documento individual, de acordo com as preferências de cada mulher. O que pode ser feito é tomar um exemplo já existente apenas para seguir o modelo (existem muitos pela internet). É interessante constar no plano de parto suas preferências:
- Durante o trabalho de parto: ambiente, acompanhante, procedimentos, técnicas de indução ao parto, alimentos ou bebidas, objetos pessoais, uso ou não de medicamentos para dor.
- Durante o parto: qual a posição mais confortável, permitir a episiotomia apenas se for realmente constatada a real necessidade, uso ou não de anestesia, o pai cortar o cordão umbilical, que o bebê seja colocado imediatamente no colo da mãe, permitir ou não a aplicação de nitrato de prata nos olhos do bebê (credeização), tirar fotografias ou filmar durante o parto.
- Pós-parto: amamentar na primeira hora do nascimento, alojamento conjunto, presença ou não do pai no quarto até a alta, receber ou não visitas.
- No caso de cesárea: escolha de médico, hospital e tipo de anestesia, acompanhante, ser informada de cada procedimento, amamentação tão logo quanto seja possível, uso ou não de sedativos pós-operatórios.
Existem mais itens que podem ser adicionados ao seu plano de parto e o ideal é que ele esteja pronto lá pelo sétimo mês. Será importante para a relação médico-paciente ambos conhecerem melhor as intenções dos dois lados. Além da paciente se sentir mais segura, o médico certamente se beneficiará de estar atendendo alguém mais preparado.
por Elaine Rezende | jun 30, 2017 | Saúde da Mulher
Além de todas as mudanças que a menopausa traz para o corpo da mulher, as chances de desenvolver alguns tipos de câncer fica ainda maior nessa faixa etária. Alguns cânceres que podem surgir após os 40 anos são o de mama, vagina, colo do útero, endométrio ou ovários. Dentre eles, o que mais acomete mulheres no mundo – cerca de 1,38 milhões de novos casos por ano, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS) – é o câncer de mama.
A incidência desse câncer está relacionada a fatores hormonais. A progesterona e o estrogênio, que são hormônios produzidos pelos ovários durante todo o período fértil da mulher, estimulam cerca de 60% dos casos de câncer de mama. Mesmo que a menopausa cause considerável diminuição da produção dos hormônios femininos, não significa que a chance do aparecimento do câncer de mama também seja reduzida quando a mulher entra nesta fase. A maior incidência de câncer de mama na verdade acontece após os 40 anos, no período chamado de peri menopausa.
Uma das opções de tratamento dos sintomas da menopausa, a reposição hormonal, deve ser avaliada individualmente, entendendo todos os seus benefícios e riscos. Mulheres que já tiveram câncer de mama não devem fazer a reposição hormonal, uma vez que a maioria dos tumores pode responder aos hormônios.
Prevenção
A partir dos 40 anos e principalmente na fase da menopausa, a mamografia deve ser feita uma vez ao ano, assim como a consulta ao ginecologista. A detecção precoce de nódulos pode ser um fator de grande importância para aumentar as chances de cura do câncer.
Existe um outro grande aliado na prevenção ao câncer de mama, que é o autoexame – ele pode ser feito pela mulher pelo menos uma vez ao mês, preferencialmente sempre no mesmo dia, para que qualquer alteração seja notada facilmente. No caso da presença de caroços, manchas na pele dos seios ou secreção de cor escura, o ideal é procurar um médico imediatamente.