por Elaine Rezende | jan 31, 2018 | Saúde da Mulher
O HPV (Human Papiloma Virus) é um vírus que pode ser transmitido sexualmente e causar infecções na área genital. Ele pode ser controlado, mas ainda não há cura. Nas mulheres, quando não é tratado, torna-se a principal causa do desenvolvimento do câncer de colo do útero.
Podem existir sintomas nas pessoas infectadas ou não. Quando se manifesta, um dos principais sinais da doença é o surgimento de verrugas na região da vagina e no ânus. Já os sintomas não visíveis a olho nu podem aparecer como lesões no colo do útero.
O Papanicolau é o primeiro exame que vai detectar esse tipo de lesão no colo do útero. Caso sejam observadas alterações que o HPV pode causar nas células, o médico poderá solicitar mais exames para confirmar a presença do vírus.
A prevenção é feita principalmente com a vacina bivalente ou quadrivalente e o uso de preservativos em todas as relações sexuais. No caso do HPV, existe ainda a possibilidade de contaminação por meio do contato de pele com pele, e pele com mucosa. Isso significa que qualquer contato sexual – incluindo sexo oral e masturbação – pode transmitir o vírus. O contágio também pode ocorrer por meio de roupas e objetos, o que torna a vacina um elemento relevante da prevenção, bem como a prevenção e tratamento em conjunto do casal.
por Elaine Rezende | jan 15, 2018 | Gestação
Mamães de primeira viagem sempre se perguntam: quantas ultrassonografias precisam ser feitas durante a gravidez e com qual frequência?
O ultrassom obstétrico, se possível, deve ser feito a cada trimestre de gravidez. Em um primeiro momento, é solicitado um ultrassom pélvico, de preferência por via transvaginal, para determinação do número de embriões e sua vitalidade, confirmação da idade gestacional (tempo de gravidez) e identificação da presença de anormalidades no desenvolvimento da gestação.
Entre a 11° e a 14° semana de gestação é indicado realizar um exame específico chamado “ultrassom morfológico do 1° trimestre”. Nesta ultrassonografia será avaliada a medida da translucência nucal (TN), que é um acúmulo de líquido no nível da nuca observado em todos os fetos nesse período de gestação. Ele serve para saber se a gestação terá um maior risco para a Síndrome de Down e outras anormalidades cromossômicas que cursam com malformações, principalmente as cardíacas, mais freqüentes.
Sexo do bebê
Depois de saber que o bebê está saudável, o que os pais mais desejam é saber seu sexo, que só é possível detectar com precisão a partir da 16° semana, através de uma ultrassonografia obstétrica simples.
Detectando malformações
Entre a 20° e 24° semana de gestação é indicado o “ultrassom morfológico fetal do segundo trimestre”, por ser a melhor época para a detecção de malformações no bebê. O exame de ultrassom morfológico analisa com detalhes quase todas as estruturas do feto, observando até cerca de 85% das possíveis deformidades ou deficiências.
Ouvindo o coração
A “ecocardiografia fetal” com Doppler é indicada com a finalidade de detectar anomalias cardíacas e o melhor período para fazer este exame é a partir da 26° semana de gestação.
Reta final
Do terceiro trimestre em diante indica-se um “ultrassom obstétrico” para avaliação do crescimento, peso e posição do bebê, além do líquido amniótico e da placenta.
por Elaine Rezende | dez 30, 2017 | Saúde da Mulher
Cervicite ou endocervicite, como também é conhecida, é uma inflamação do útero e pode ter origem viral, bacteriana ou parasitária. Normalmente acomete mulheres entre 18 a 25 anos. Sua forma mais comum é a bacteriana e em muitos casos a mulher não apresenta sintomas da doença.
Nos casos em que são observados sintomas, normalmente são eles:
- Irritação;
- Vermelhidão no local;
- Corrimento (sai do colo do útero e pode se exteriorizar pela vagina);
- Sangramento após a relação sexual;
- Dor pélvica;
- Febre.
Essa irritação pode ser causada por outras doenças sexualmente transmissíveis, como gonorreia, herpes e clamídia. Outra causa possível para a cervicite é a sensibilidade causada por determinados produtos químicos, como os dos espermicidas das camisinhas e até mesmo dos tampões vaginais.
O diagnóstico da doença é realizado por meio de exames ginecológicos, sendo o principal deles a coleta de amostra da secreção cervical, que pode acontecer durante a realização do papanicolau.
Caso não haja o tratamento adequado dessa doença, a mulher pode desenvolver enfermidades mais sérias, como infertilidade, doença inflamatória pélvica e aumento da possibilidade da gravidez ectópica. Por isso ao apresentar algum dos sintomas, procure imediatamente o seu ginecologista. E, mesmo que não seja notado nada de diferente, não deixe de realizar os exames ginecológicos de rotina, eles são fundamentais para a sua saúde e para a preservação da fertilidade.
por Elaine Rezende | dez 18, 2017 | Gestação
Está chegando a hora do bebê nascer, a barriga está pesada, os pés inchados, a ansiedade está a mil e aí começam as contrações. É a primeira fase do trabalho de parto.
Quando a mulher está em trabalho de parto normal ela passa por 3 períodos distintos, chamados de período preparatório, de dilatação e expulsivo. Vamos ver como eles funcionam a seguir:
Período preparatório
Caracteriza-se pelo começo das contrações uterinas, que se coordenam e regularizam com ritmo cada vez mais frequentes. Elas são sentidas como um desconforto de intensidade e têm duração crescente, ou seja, vai aumentando com o passar do tempo. As contrações têm como função preparar o colo uterino, causando seu amolecimento, afinamento, mudança de posição e o início lento de sua dilatação.
Nesse período poderá ocorrer também a saída do tampão mucoso pela vagina, que é uma secreção espessa produzida pelo colo do útero no primeiro mês de gestação e que “bloqueia” o próprio colo do útero. Sua função é a de proteger o útero, evitando que bactérias e infecções cheguem até ele. Essas contrações são curtas, durando, geralmente, de 20 a 40 segundos.
A fase preparatória funciona como se fosse um aquecimento para o próximo período, podendo durar em média cerca de 16 a 20 horas na sua primeira gravidez e de 12 a 16 horas nas gestações subsequentes.
Dilatação
Após o período preparatório, a mulher entrará no período de dilatação, que terminará com a dilatação total e completa do colo do útero, quando atingir 10 centímetros (tamanho aproximado da cabeça de um bebê de nove meses). Esse é considerado o momento ideal para a internação hospitalar, quando a mulher deverá estar com as contrações uterinas mais fortes e regulares, com duração média de 40 a 60 segundos.
Fase ativa do trabalho de parto:
Nessa fase sua bolsa pode se romper sozinha. A partir deste período, a velocidade da dilatação será mais “rápida e constante”, de aproximadamente 0,8 a 1,5 centímetro por hora, sendo em média, 1 cm/hora na sua primeira gestação, e 1,5 cm/hora a partir da segunda gestação, que evoluirá mais rapidamente.
O tempo de dilatação e progressão do parto normal será ainda mais curto no caso da bolsa já ter estourado ou for rompida pelo médico com o objetivo de aumentar as contrações uterinas e acelerar ou regularizar um trabalho de parto lento ou anormal. Mulheres obesas podem ter uma duração do trabalho de parto significativamente mais longo e demorado.
Período expulsivo ou nascimento
Enfim, após a descida do bebê que ocorre no período de dilatação, a mulher entra no chamado período expulsivo final, o nascimento.
A duração total do trabalho de parto natural e espontâneo costuma ser em média 12 horas ou mais. Existe uma exceção, quando acontece um parto muito rápido, no qual do início do trabalho de parto ao nascimento se passam 4 horas ou menos. Esse tipo de parto é chamado de “taquitócico” e é pouco frequente.
por Elaine Rezende | nov 30, 2017 | Gestação
Muitas dúvidas acerca do que é ou não permitido durante a gestação surgem principalmente devido aos mitos que existem e vêm se arrastando por gerações. É importante conversar com seu obstetra para esclarecer quaisquer dúvidas, mas vamos listar algumas aqui que podem te ajudar:
Posso tingir os cabelos?
Depende. A utilização de produtos químicos, principalmente à base de amônia ou metais pesados, não é recomendada nessa fase. O contato dessas substâncias com o couro cabeludo pode fazer com que elas sejam absorvidas e levadas à circulação sanguínea e, assim, cheguem ao feto. Entre as opções, estão tinturas sem amônia, xampus tonalizantes e hennas naturais. Mesmo assim, o melhor é evitar tingir os cabelos antes das 14ª ou 16ª semanas de gestação, quando o feto ainda está se formando.
Não consigo largar o cigarro, posso fumar?
Não! O hábito de fumar faz mal em qualquer fase da vida, mas especialmente durante a gravidez ele está formalmente contraindicado. A gestante que fuma pode ter sérios problemas de circulação sanguínea da placenta. Isto pode prejudicar muito a chegada de oxigênio e nutrientes para o bebê, podendo causar não apenas retardo de crescimento do feto como também, por exemplo, descolamento prematuro da placenta, ruptura precoce da bolsa d’água, diminuição do líquido dentro da cavidade uterina, entre outros problemas.
Adoro um salto alto. Posso continuar usando?
Até quando for possível. Você mesma irá notar que à medida que a barriga cresce, o ponto de equilíbrio da mulher também se modifica. Recomenda-se dar preferência aos sapatos confortáveis, sem salto e com base larga, evitando a chance de quedas. Além de não prejudicarem a coluna, são confortáveis para os pés, que tendem a inchar ao longo do dia.
Posso ir à praia ou praticar exercícios à luz do sol?
Tudo com muita proteção! Devido à mudança hormonal que ocorre durante a gravidez, a pigmentação da pele pode aumentar irregularmente em algumas áreas, como no rosto. Por isso, durante essa fase, principalmente após o segundo trimestre da gestação, o uso de alguns tipos de protetores solares é indicado. Ainda assim, banhos de sol em excesso devem ser evitados, pois podem aumentar as manchas da pele.