por Elaine Rezende | jul 25, 2016 | Cirurgia Ginecológica
A histeroscopia é um procedimento que tornou possível observar a cavidade uterina, o canal cervical e a vagina através de endoscopia, uma técnica que utiliza uma câmera acoplada e transmite imagens da área visualizada diretamente a um monitor de TV. Utilizada para diagnóstico ou procedimento cirúrgico, na maioria dos casos a histeroscopia pode ser realizada também em mulheres virgens, porque sua estrutura não necessita a colocação de espéculo e o histeroscópio, instrumento que adentra o útero, mede aproximadamente 1,4 milímetros de diâmetro.
O procedimento para diagnóstico pode ser realizado em ambulatório, sem anestesia e sem internação. No entanto, o método não é indicado para mulheres grávidas, em período menstrual ou que apresentem infecções genitais. Para realizar o exame, o histeroscópio é introduzido na vagina levando luz e soro fisiológico ao seu interior. Durante o processo, é comum que a paciente sinta leves cólicas e logo após o término, ela pode retornar às atividades normais, desde que siga à risca as orientações médicas.
Existem 2 tipos de histeroscopia: a diagnóstica tem como objetivo a visualização interna do útero para diagnosticar possíveis alterações ou doenças e é solicitada para identificar problemas como pólipo endometrial, miomas uterinos, tumores benignos, além de problemas pós-menopausa. Enquanto isso, a histeroscopia cirúrgica tem como objetivo tratar as alterações existentes dentro do útero e é realizada com internação e anestesia. Assim, é indicada no tratamento de pólipos, miomas, espessamento do endométrio, malformações da cavidade uterina, entre outros problemas.
Para manter a saúde íntima em dia, é necessário consultar o ginecologista regularmente, principalmente em casos de sintomas como cólica, geralmente associado a doenças. Caso haja indicação de histeroscopia, a paciente pode ficar tranquila: o exame é rápido, eficaz e não causa danos à saúde.
por Elaine Rezende | jun 29, 2016 | Saúde da Mulher
Devido à diminuição dos hormônios sexuais promovidos pelo ovário, a mulher passa por uma transição do período reprodutivo para o não reprodutivo, denominado climatério, fase antecedente à menopausa. Os sintomas dessa fase são ondas de calor, ciclos menstruais irregulares, tontura e palpitação, aumento de peso, perda da libido sexual, infecção ou incontinência urinária, coceira e secura vaginal e osteoporose, que geralmente ocorre entre 40 e 50 anos de idade.
Apesar das dificuldades enfrentadas pelas mulheres nesse período, é possível passar pelo climatério sem perder a qualidade de vida: reposição hormonal, atividade física e alimentação balanceada são algumas das medidas que permitem uma transição mais leve e saudável.
Reposição hormonal:
Para os casos em que a mulher apresenta insônia, ressecamento vaginal e ondas de calor, a terapia de reposição hormonal é bastante indicada. Esse tratamento pode ser feito com estrogênio ou progesterona, conforme indicação médica. A reposição com estrogênio, responsável pelas curvas na cintura das mulheres, permite até a aparência mais jovem e saudável da paciente.
Atividade física:
A atividade física é importante, principalmente na prevenção da osteoporose, já que para evitar a perda óssea e de massa muscular, é necessário promover a mobilidade e manter a condição corporal. Caminhada e corrida são ótimas atividades para essa fase: o andar é a prática que traz mais impactos ao corpo e nenhuma atividade aeróbica consegue promover os mesmos benefícios. Musculação ou atividades como yoga e pilates são ótimas para o fortalecimento da musculatura.
Alimentação:
No climatério, o metabolismo desacelera e a mulher deve adequar a alimentação a fim de evitar ganho de peso. Devem ser evitados os alimentos gordurosos e de difícil digestão, além de comidas industrializadas. É necessária a abstenção de refeições pesadas à noite, de café, de bebidas alcoólicas, alimentos muitos salgados e de chocolate. Frutas como pera, melancia, laranja, mexerica e maçã são ótimas para integrar a dieta, durante o período.
Acompanhamento médico:
O momento não precisa ser enfrentado como algo ruim, já que existem diversos tratamentos para diminuir seus efeitos sobre a qualidade de vida da mulher. O acompanhamento de um profissional durante o climatério, somado a essas ações, pode resultar num período de transição saudável e sem graves intercorrências.
por Elaine Rezende | jun 15, 2016 | Gestação
O leite materno é considerado um alimento completo que garante o desenvolvimento saudável do bebê durante os primeiros dois anos de vida. Devido aos seus nutrientes, oferece à criança uma capacidade imunológica que a protege de diversas patologias. Além disso, a amamentação promove um vínculo afetivo entre mãe e bebê, melhorando os processos emocionais, cognitivos e do sistema nervoso. A OMS (Organização Mundial da Saúde) recomenda que a mulher amamente até os primeiros seis meses de vida da criança e orienta que, após o período, o leite seja dado paralelamente a outros tipos de alimento.
Durante a gravidez, enquanto o organismo trabalha para gerar o bebê, se prepara também para alimentá-lo, ou seja, o corpo da mãe inicia a produção de leite. Nesse período, devido à ação hormonal, as mamas aumentam e as aréolas ficam mais escuras. No mesmo momento, devem ser iniciados os cuidados para que o aleitamento materno ocorra de forma saudável para a mãe e para o bebê.
O momento da amamentação pode ser um dos mais prazerosos para a mulher que sempre sonhou ser mãe. No entanto, muitas vezes essa fase é romantizada. Amamentar pode sim ser doloroso e desconfortável por várias razões: podem ocorrer fissuras nos mamilos, infecções (chamadas mastites), muitas vezes não se tem leite suficiente ou se tem leite em excesso (o que pode provocar o “empedramento” do leite). Todas essas situações geram dores, desconforto e frustrações nas mamães, mas é preciso ter paciência e tranquilidade, pois passado o período de adaptação, o processo fica mais fácil e natural.
Para evitar as intercorrências, algumas medidas podem ser tomadas:
- Utilizar um sutiã confortável, de alças largas e que sustente as mamas. De preferência, que o material seja algodão;
- Durante aproximadamente dez minutos por dia, expor os mamilos ao sol das 8 manhã. Ficar atenta para evitar queimaduras;
- Evitar cremes hidratantes nos mamilos, já que a intenção é tornar a pele mais resistente para o período de amamentação;
- Após o nascimento do bebê, compressas com chá de camomila ou o próprio leite podem ser utilizados como hidratante;
- Lembre-se: a mamada não pode ultrapassar 40 minutos em cada peito e os mamilos não podem ser usados como chupeta.
Devido às especificidades, o melhor é conversar com seu médico. A partir das orientações é possível fazer da amamentação um momento mágico e prazeroso. Além disso, através de todos nutrientes oferecidos e dos vínculos promovidos pelo aleitamento materno, o bebê crescerá saudável.
por Elaine Rezende | Maio 19, 2016 | Gestação
Após a descoberta da gestação, a mulher inicia os preparos para a chegada do bebê. O processo deve ir além da escolha do enxoval e da adequação dos ambientes para aconchegar o novo componente da família. É necessário preparar o corpo para a vinda de um filho, principalmente se a forma de dar à luz for o parto normal.
O parto normal representa uma maneira mais natural de conceber uma criança, além de significar uma recuperação mais rápida após o procedimento. Ele apresenta vantagens para a mamãe e o bebê, como menor risco de infecções, favorecimento à produção de leite materno e melhor estímulo imunológico. Embora os benefícios sejam reconhecidos, muitas mulheres têm medo do parto normal, devido à possibilidade de dor e desconforto durante o processo.
Muitas alterações no corpo da mulher ocorrem no período gestacional, como o ganho de peso e as mudanças hormonais, que acabam por tornar músculos e ligamentos mais flexíveis no sentido de habilitar o corpo para conceber o filho.
O peso da gestação sobe essas estruturas mais flexíveis podem ocasionar incontinência urinária, dores na coluna, nas articulações e sobrecarga no assoalho pélvico.
Os músculos do assoalho pélvico estão na região entre as pernas, desde o osso púbico na frente, até a base da espinha nas costas e ajudam na sustentação da bexiga, do útero e do intestino, além de controlar os músculos que fecham a vagina, o ânus e a uretra. Portanto, qualquer ação que interfira no funcionamento dessas estruturas pode dificultar o parto.
Para evitar intercorrências, recomendamos a realização da fisioterapia pélvica. Através de exercícios de postura, alongamento, contração e relaxamento de músculos, as estruturas da gestante são fortalecidas para prevenir as dores, a incontinência urinária, as lesões durante o parto e até a queda de órgãos. O tratamento é uma opção às mulheres que desejam dar à luz de forma natural, primando pela nobreza do nascimento de um filho, sem desconfortos significativos e com segurança.
por Elaine Rezende | Maio 5, 2016 | Gestação
O vírus influenza A/H1N1, popularmente conhecido como gripe suína, é causado por uma mutação do vírus da gripe e se tornou conhecido em 2009, quando acometeu muitas pessoas, em diferentes regiões. Os sintomas e a transmissão da doença ocorrem da mesma forma que a gripe comum e ambas são altamente contagiosas. Como qualquer gripe, a suína pode afetar pessoas de todas idades e localidades. No entanto, existe um grupo de risco do qual fazem parte, junto a idosos, crianças, pessoas obesas ou portadoras de doenças respiratórias e mulheres gestantes.
A gripe suína no período gestacional ocasiona grandes complicações, principalmente à saúde da mãe, devido às dificuldades respiratórias que a patologia causa. As intercorrências na condição da gestante afetam a saúde do bebê, podendo levar até ao nascimento prematuro da criança.
A primeira medida de prevenção para grávidas é a vacinação contra a gripe comum e contra a gripe H1N1, numa só picada, fornecida em laboratórios e também pelo governo brasileiro. No entanto, além dessa ação, alguns hábitos de higienização, como lavar as mãos com frequência e utilizar gel antisséptico à base de álcool ou lenços umedecidos, não frequentar ambientes com grande concentração de pessoas, frequentar áreas bem arejadas, não colocar mãos no nariz, olhos ou boca, não viajar para regiões com surto da doença, dentre outras práticas, mantêm a gestante distante das maiores formas de transmissão.
Mulheres gestantes com sintomas de gripe, tais como febre, dor de cabeça, dor de garganta e dor no corpo, mesmo que vacinadas, devem procurar o médico nas primeiras 24 horas dos sinais. Geralmente, o tratamento da gripe suína é feito em casa, através dos cuidados tradicionais para gripe comum. No entanto, quando a paciente está grávida, após a confirmação do H1N1, é realizado um tratamento com antiviral nas primeiras 48 horas após os sintomas, para combater o vírus mais eficaz e rapidamente, garantindo a segurança da mamãe e do bebê.