por Elaine Rezende | set 28, 2016 | Infertilidade e tratamentos
O que é?
A inseminação artificial ou inseminação intrauterina (IIU) é um método que consiste na injeção de espermatozoides dentro do útero da mulher no seu período fértil, ou seja, quando ela está ovulando, facilitando assim a união dos gametas (feminino e masculino) para a formação do embrião.
A técnica é indicada para os casos de:
- Mulheres com distúrbios de ovulação: geralmente são mulheres que têm irregularidade da menstruação. A causa mais comum é a Síndrome do Ovário Policístico.
- Presença de muco espesso (fator cervical): todas as mulheres produzem um muco no colo do útero que muda suas características de acordo com a fase do ciclo menstrual. No período ovulatório (período fértil), essa secreção se torna mais líquida e permite a entrada dos espermatozoides para dentro da cavidade uterina. Em algumas mulheres, esse muco produzido continua espesso e torna-se hostil para a subida dos espermatozoides, que não conseguem chegar as trompas.
- Homens com sêmen discretamente alterados: alguns homens apresentam uma concentração no limite inferior da normalidade e uma porcentagem razoável de espermatozoides. Nesses casos, a gravidez espontânea é mais difícil devido a essas pequenas alterações no sêmen.
Como funciona?
Primeiramente é coletado o sêmen do homem e as amostras são selecionadas em laboratório, separando os espermatozoides de acordos com a sua mobilidade. Enquanto isso, a mulher toma medicamentos para induzir a ovulação, que podem ser via oral ou através de injeções. Quando os folículos estão prontos, é administrado um medicamento que permite a liberação dos óvulos e então é marcada a colocação dos espermatozoides no útero da mulher. Os espermatozoides podem ser depositados no colo do útero, no processo chamado inseminação ultra-cervical, ou mais próximos às trompas, na inseminação intrauterina. Atualmente o segundo método é o mais utilizado, por ter melhores resultados.
Resultados
Em torno de 12 dias após a inseminação, é feito o exame para saber se o óvulo foi fecundado. Diferente da fertilização in vitro, que fertiliza o embrião em laboratório, a inseminação artificial facilita a chegada do espermatozoide ao óvulo no período fértil da mulher para que haja a fertilização. Tem cerca de 12% de chance de produzir resultados eficazes.
por Elaine Rezende | set 14, 2016 | Infertilidade e tratamentos
O que é?
A fertilização in vitro (FIV) é um procedimento utilizado para tratamento da infertilidade, a qual pode ter como causa vários fatores, por exemplo: endometriose, problemas nas trompas, problemas na produção de gametas no homem, entre outros obstáculos que impedem o espermatozoide de chegar ao óvulo.
Como funciona?
Normalmente realiza-se uma estimulação ovariana com medicamentos injetáveis, em que são estimulados até 12 folículos. Esse número é relativamente alto para garantir uma maior produção de óvulos para coleta. Os óvulos são captados através da punção guiada por ultrassom transvaginal e fertilizados por espermatozoides em ambiente laboratorial.
De 3 a 5 dias após a fertilização in vitro, os embriões são transferidos para o útero. O processo é semelhante ao exame Papanicolau, no qual é usado um bico de pato e depois um cateter fino é inserido na vagina da mulher. Um ultrassom orienta o médico sobre o local onde deve ser colocado o embrião, normalmente a 1 centímetro do fundo do útero.
Por fim, após 12 ou 14 dias, é feito o exame para detectar se houve sucesso no método.
O procedimento pode ser feito utilizando óvulos e espermatozoides próprios, óvulos de doadora, espermatozoides de doadores ou embriões doados.
O que é o embrião?
O embrião origina-se da fusão entre os núcleos do óvulo e do espermatozóide. Quando realizamos a fertilização in vitro, colocamos o espermatozóide dentro do óvulo maduro cerca de 4h após a aspiração dos folículos e obtenção desses óvulos. Depois de 24h já podemos observar se houve a fecundação do óvulo, formando assim o embrião. Essa célula formada é chamada zigoto.
Chances
As chances de fertilidade de uma mulher estão diretamente relacionadas com a idade. Sendo assim, a fertilização in vitro é um tratamento indicado para casos de infertilidade e de idade avançada, de acordo com o parecer médico. Essa técnica tem cerca de 40% de chance de sucesso.
por Elaine Rezende | ago 31, 2016 | Gestação
O que é?
A Fisioterapia Pélvica, também conhecida como Fisioterapia Uroginecológica e Obstétrica, trata as disfunções do assoalho pélvico, que é o conjunto de músculos, ligamentos e fáscia (uma espécie de membrana) que ficam no côncavo da pelve, fechando o fundo dos ossos da “bacia”. Basicamente, estes músculos tem a função de sustentar os órgãos da região (bexiga, útero, vagina, próstata, intestino grosso), controlar a saída de urina e fezes (função de continência), e promover resposta sexual.
Para que serve?
Durante a gestação, as mulheres sofrem grandes mudanças e alterações funcionais, o que leva a uma maior sobrecarga no assoalho pélvico. Além das modificações físicas, ocorrem alterações hormonais que deixam os músculos e ligamentos mais flexíveis, justamente para possibilitar que o organismo se molde às transições e se prepare para o parto normal.
Essa sobrecarga sofrida pelas gestantes pode pode promover dores nas articulações e nas colunas, incontinência urinária, dores no pube e até entorses de tornozelo.
As estruturas precisam ser fortalecidas e este é o motivo pelo qual é recomendada a fisioterapia durante a gestação, no sentido de prevenir dores, incontinência urinária na gestação e no pós parto, lesões do períneo durante o parto e até, futuramente, a queda de órgãos como útero, bexiga e reto.
A maior causa de incontinência urinária atualmente é a gestação (independente da via de parto) e a fisioterapia obstétrica é o tratamento indicado como o mais eficaz na prevenção.
Como funciona?
Com exercícios que mantenham seus músculos em perfeito funcionamento, ou seja, eles precisam ter força (capacidade de apertar), resistência (capacidade de segurar este aperto por um bom tempo), explosão (capacidade de contrair e relaxar rápido) coordenação motora (capacidade de contrair de jeitos diferentes) e propriocepção (capacidade de sentir a sua própria MAP- Musculatura do Assoalho Pélvico – relaxada e se movendo).
por Elaine Rezende | ago 22, 2016 | Cirurgia Ginecológica
A ninfoplastia, ou cirurgia íntima feminina, tem como objetivo remover o excesso dos pequenos lábios. Isso acontece quando a mulher, na posição normal, tem uma porção dos pequenos lábios aparente e se projetando para fora dos grandes lábios.
Os principais motivos que levam as mulheres a procurar pelo procedimento são:
- Estética: incômodo na hora de se expôr ao parceiro;
- Dor: podem acontecer dores na relação sexual, pois as estruturas dobram-se para dentro da vagina durante a penetração;
- Dificuldade de higienização: pode causar acúmulo de secreções e urina resultando em infecções.
A cirurgia:
A anestesia utilizada pode ser local associada à sedação ou um bloqueio, sendo assim é possível que a paciente tenha alta no mesmo dia, ou no dia seguinte. O cirurgião retira a parte dos pequenos lábios que está em excesso e reconstrói essas estruturas. São dados pontos absorvíveis, sem necessidade de removê-los mais tarde pois ele caem sozinhos. O tempo de duração da cirurgia é de aproximadamente 40 minutos.
Recuperação:
O tempo de recuperação para este tipo de procedimento costuma ser rápido, podendo a paciente ter alta no mesmo dia da cirurgia e voltar ao trabalho em 5 a 7 dias. Para voltar a praticar atividades físicas é recomendado que se espere pelo menos 3 semanas e que sejam retomadas gradualmente, evitando, nos primeiros dias, exercícios que pressionem a região, como a bicicleta. As relações sexuais podem ser retomadas de 30 a 45 dias após a cirurgia, pois os pontos devem estar bem resistentes para não cederem ao atrito e correrem o risco de abrir.
Resultados:
Cerca de um mês após a cirurgia é possível ver 80% do resultado final, pois a incisão já está cicatrizada. De 3 a 6 meses depois o inchaço desaparece e então é possível ver o resultado final.
A cirurgia visa reduzir o tamanho dos pequenos lábios, devolvendo conforto e autoestima à paciente. Os lábios têm a função de proteger a vagina contra infecções, além de auxiliar a promover a lubrificação local por isso a cirurgia não deve reduzi-los exageradamente, para não acarretar problemas funcionais.
por Elaine Rezende | ago 5, 2016 | Gestação
Segundo determinação do Conselho Federal de Medicina, divulgada no dia 20 de junho, médicos não podem mais realizar cesáreas a pedido da gestante antes que ela complete 39 semanas de gestação, quando o feto pode ser considerado maduro, porque nessa fase os riscos à saúde são menores. Além disso, a mulher que optar pela cesariana assinará um termo afirmando que tomou conhecimento dos riscos e benefícios da decisão e ainda assim preferiu se submeter ao procedimento.
Antes da nova recomendação, a partir da 37ª semana de gestação, o feto já era considerado maduro e a mulher podia se submeter à cirurgia. No entanto, segundo um estudo realizado pelo Colégio Americano de Obstetras e Ginecologistas, antes da 39ª semana o bebê corre maiores riscos de sofrer complicações respiratórias, dificuldades para se alimentar e problemas na temperatura corporal.
No Brasil, são realizadas muitas cesáreas e devido às complicações, o número de internações em Unidades de Terapia Intensiva Neonatal é grande. Portanto, o CFM tem como expectativa diminuir essa incidência através da promoção de natalidades saudáveis, que não interfiram nas condições de vida do feto, nem da mamãe.
Todo o período de gravidez deve ser acompanhado através do pré-natal e desde então essas situações devem ser expostas pela paciente, para que o ginecologista analise as melhores formas de promover um parto saudável, de acordo com as características gestacionais.
Além disso, o parto normal traz uma série de benefícios à mãe e ao bebê: menos desconforto respiratório ao recém-nascido, recuperação mais rápida da mãe, fortalecimento do vínculo materno, dentre outros aspectos. Portanto, vale considerar as especificidades dos casos, principalmente quando a paciente corre riscos durante a gravidez e há necessidade de considerar uma cesariana. O importante é primar pela saúde da mamãe e do bebê.