por Elaine Rezende | dez 19, 2016 | Saúde da Mulher
O que é?
O DIU (Dispositivo Intrauterino) é um método contraceptivo de alta eficácia, que pode ter duração e eficácia durante 5 a 10 anos, dependendo do produto. O DIU é inserido dentro do útero, sempre por um médico.
O procedimento é simples, rápido e costuma ser realizado no próprio consultório médico, sem a necessidade de anestesia geral. Em algumas mulheres, a inserção pode causar um certo desconforto, mas que costuma cessar logo após o procedimento.
Como funciona?
Existem dois tipo de DIU: o de cobre e o hormonal. Ambos tornam o ambiente hostil aos espermatozoides impedindo seu encontro com os óvulos. O DIU de cobre não possui nenhum tipo de hormônio, já o DIU hormonal libera progesterona dentro do útero. Quanto à eficácia, o DIU é superior quando comparado aos métodos contraceptivos de curto prazo, como as pílulas, injeções, anel e adesivo, uma vez que não depende da correta administração da mulher (esquecer de tomar a pílula, por exemplo).
O DIU é abortivo?
Não. Como já citado, os dois métodos – de cobre e hormonal – impedem que o espermatozoide encontre o óvulo, portanto a fecundação não chega a acontecer.
Pra quem é indicado?
A escolha do melhor método para cada tipo de mulher deve ser feita sob orientação médica, após a discussão e avaliação das suas necessidades e preferências.
No caso do DIU, o médico poderá eventualmente solicitar exames complementares antes da inserção.
Quais são os efeitos colaterais?
O DIU de cobre, por não conter hormônio, geralmente não altera a frequência das menstruações, porém pode causar um fluxo menstrual mais intenso e possível aumento das cólicas menstruais no primeiro trimestre. Isso acontece principalmente quando a mulher faz a transição, por exemplo, da pílula anticoncepcional (método que contém hormônios) para o DIU de cobre.
O DIU hormonal, devido a liberação local de progesterona, costuma diminuir a intensidade do fluxo e duração das menstruações e, após 6 meses de uso, 44% das usuárias param de menstruar.
Quero engravidar. E agora?
Basta conversar com seu médico para fazer a retirada do DIU. A fertilidade volta ao normal rapidamente, não importando quanto tempo você utilizou o dispositivo.
por Elaine Rezende | nov 30, 2016 | Saúde da Mulher
A endometriose é uma doença mais comum do que imaginamos: de acordo com a Associação Brasileira de Endometriose, entre 10% a 15% das mulheres em idade reprodutiva (13 a 45 anos) podem desenvolvê-la.
A doença é caracterizada pela presença do endométrio (tecido que reveste o interior do útero) fora da cavidade uterina, ou seja, em outros órgãos da pelve: trompas, ovários, intestinos e bexiga. Todos os meses, o endométrio fica mais espesso para que um óvulo fecundado possa se implantar nele. Quando não há gravidez, esse endométrio que aumentou descama e é expelido na menstruação. A teoria mais amplamente aceita e que poderia justificar a causa da doença, seria a menstruação retrógrada: um pouco desse sangue migra no sentido oposto e cai nos ovários ou na cavidade abdominal, causando a endometriose.
Quais são os sintomas?
Os principais sintomas da endometriose são dor e infertilidade. A dor da endometriose pode se manifestar como uma cólica menstrual intensa, ou dor pélvica/abdominal à relação sexual, ou dor “no intestino” na época das menstruações, ou, ainda, uma mistura desses sintomas.
Muitas vezes essas dores são consideradas normais, por se tratarem de cólicas menstruais, porém, se as dores forem intensas e frequentes, deve-se procurar orientação médica e fazer os exames necessários para diagnosticar a doença. A maioria das mulheres tem um diagnóstico tardio, o que faz com que elas convivam com os sintomas por muito tempo antes de descobrirem a endometriose e fazerem o tratamento correto.
Como detectar?
Caso algum dos sintomas citados anteriormente se manifeste, existem alguns exames que permitem diagnosticar corretamente a doença:
- Conversa com o paciente a fim de analisar o histórico clínico e o exame físico;
- Ultrassom transvaginal com preparo intestinal;
- Ressonância;
- Ultrassom endoscópico transretal.
Estes exames têm alta sensibilidade e especificidade, o que permite que a pelve seja mapeada com identificação das lesões.
Quais os tratamentos disponíveis?
Tratamento cirúrgico:
Segundo o especialista em endometriose, Dr. Gil Kamergorodsky, atualmente o tratamento mais eficaz para a doença é a videolaparoscopia. Nesse procedimento, a endometriose é removida por meio de cirurgia. Em alguns casos, é possível eliminar apenas os focos da doença ou as complicações que ela traz – como cistos, por exemplo. No entanto, em situações mais sérias, o procedimento precisará até remover os órgãos pélvicos afetados pela enfermidade.
Tratamento com medicamentos:
Existem diversos medicamentos disponíveis no mercado para tratar a endometriose, como: analgésicos, antiinflamatórios, análogos de GNHR, Danazol e Dienogeste. Atualmente também é possível reduzir os sintomas utilizando o DIU com levonorgestrel.
Antes de começar o tratamento, caso a paciente deseje engravidar, poderá ser indicado o encaminhamento para um Centro de Reprodução Humana, pois a melhor alternativa para a mulher que possui endometriose e deseja ter filhos é a fertilização in vitro. Isso porque a presença da endometriose não afeta as taxas de gravidez quando escolhido esse método.
É importante compreender que não existe cura permanente para a endometriose. O objetivo do tratamento é aliviar a dor e amenizar os outros sintomas, como favorecer a possibilidade de gravidez e diminuir as lesões endometrióticas.
Para saber mais detalhes sobre Endometriose você também pode clicar aqui ou marcar uma consulta com nossos médicos, que estão à disposição para maiores esclarecimentos. Para agendar sua consulta ligue nos telefones (11) 5181.3859 / (11) 5182.6321.
por Elaine Rezende | nov 17, 2016 | Saúde da Mulher
O que é?
Todos já ouviram falar mas nem todo mundo entende como funciona a Tensão Pré-Menstrual. Na verdade a TPM é um conjunto de sintomas, tanto físicos quanto psíquicos, que aparecem alguns dias antes do fluxo menstrual. Geralmente os sintomas da TPM tendem a desaparecer no primeiro dia de fluxo ou, em alguns casos, somente quando ele acaba.
Dentre os sintomas físicos podemos citar:
- Dor de cabeça
- Acne
- Aumento de peso
- Inchaço nas mamas
- Dores osteomusculares
- Distensão gasosa
Sintomas psíquicos:
- Depressão
- Vontade de chorar
- Irritabilidade
- Ansiedade
- Insônia
- Fome em excesso ou falta de apetite
- Sonolência
- Dificuldade de concentração
- Cansaço
Existe tratamento?
Em alguns casos a TPM chega ao ponto de atrapalhar a vida pessoal e profissional todos os meses. A alteração dos hormônios nesse período pode provocar, além dos sintomas, perda de qualidade de vida, com dificuldades de cumprir até mesmo as tarefas mais simples.
Como não existe cura, o mais indicado é procurar seu médico e relatar todas as queixas, para que ele consiga recomendar o tratamento correto e individualizado, visto que os sintomas variam muito de pessoa para pessoa.
Normalmente os tratamentos com anticoncepcionais funcionam bem, já que a TPM é ligada à ovulação e com esse método ela é suspensa. Existem também algumas medidas que ajudam no controle dos sintomas:
- Faça atividade física: Pode ser uma caminhada ao ar livre, andar de bicicleta, nadar ou jogar tênis. Isso ajuda a reduzir a tensão e a melhorar a autoestima;
- Procure ter uma alimentação balanceada com verduras, frutas e legumes;
- Diminua o sal. Ele ajuda a provocar inchaços, pois aumenta a retenção de líquidos;
- Evite o consumo excessivo de carboidratos e açúcares, como doces, chocolates e amendoim.
por Elaine Rezende | out 28, 2016 | Saúde da Mulher
O que é?
Trata-se de um tratamento de rejuvenescimento vaginal, o qual melhora o estado da mucosa que reveste as paredes vaginais utilizando procedimentos mini-invasivos assistidos a laser. Não é um tratamento estético, como o termo “rejuvenescimento” pode sugerir, mas, devido aos efeitos benéficos do tratamento, ele “rejuvenesce” o tecido vaginal, restaurando a funcionalidade perdida com o tempo.
Este procedimento é realizado por um médico, ambulatorialmente, não envolve incisões ou suturas e não requer mais que uma hora por sessão.
O tratamento usualmente não requer anestesia; porém, se a paciente preferir, um creme anestésico pode ser usado.
Qual a finalidade?
A ação de estimulação a laser melhora o estado da mucosa que reveste as paredes vaginais e promove a reidratação e recuperação funcional dos tecidos vaginais, os quais são afetados na menopausa, quando o organismo para de liberar os hormônios estrógeno e progesterona.
Graças à sua ação sobre fatores que determinam o ressecamento, fragilidade e perda de elasticidade da mucosa, este tratamento de regeneração pode eliminar sintomas incômodos de coceira, irritação e dor, que se tornam particularmente agudos durante o ato sexual. Como resultado, há uma melhora da qualidade de vida e atividade sexual.
Resultados
Os resultados podem ser observados após a primeira sessão; normalmente é recomendado um ciclo completo de 2 a 4 sessões, com intervalos de 30-60 dias entre elas. Porém, o número de sessões pode mudar de acordo com o nível de atrofia vaginal a ser tratada. Somente seu ginecologista pode avaliar e recomendar o plano de tratamento mais adequado após um exame cuidadoso.
Entre os benefícios estão a redução no ressecamento, sensação de ardor e dor durante relação sexual, o que contribui para uma melhora substancial na qualidade de vida. Os resultados podem ser melhor observados um mês e meio após a sessão.
Para entender melhor como funciona, clique aqui e veja um vídeo que ilustra o funcionamento do laser e seus resultados.
por Elaine Rezende | out 12, 2016 | Saúde da Mulher
Para começar a falar sobre o climatério, é importante lembrar que ele não é sinônimo de menopausa, pois climatério é o nome dado a transição entre a fase reprodutiva e não-reprodutiva da mulher. Nesta etapa a menstruação ocorre normalmente, embora possa haver variações de fluxo e irregularidades. A menopausa é um diagnóstico que se faz após 12 meses sem ocorrer menstruações.
Quais os sintomas?
A queda progressiva das concentrações de estrógeno e progesterona é a culpada por todos os sintomas. A diminuição desses hormônios começa a acontecer por volta dos 40 anos e marca a entrada no climatério, com características semelhantes às de uma TPM, só que acentuada e prolongada.
A sensação de inchaço no corpo e mamas, dores fortes de cabeça ou enxaquecas, alterações de humor (nervosismo, irritação, tristeza profunda e mesmo depressão) podem manifestar-se ao longo de até quinze dias antes da menstruação. Do meio para o fim do climatério é comum, ainda, a irregularidade nos ciclos e a variação do fluxo menstrual.
O período de maior desconforto, caracterizado pelos sintomas clássicos de ondas de calor, suores noturnos, insônia, sensação de fadiga, começa por volta dos 45 ou 47 anos e só termina dois a três anos após a última menstruação, aos 53 ou 54 anos.
Reposição hormonal como tratamento:
É importante ressaltar que a terapia de reposição hormonal (TRH) pode aliviar e muito o desconforto e deve ser administrada para as mulheres que apresentem incômodos causados pelos sintomas citados acima, após conversarem com seu médico e fazerem os exames necessários.
- Terapia hormonal sistêmica: a terapia de reposição hormonal é considerada o tratamento mais efetivo para o alívio dos sintomas do climatério. Dependendo do seu histórico pessoal e familiar, o médico deverá prescrever baixas doses de hormônios como estrogênio ou testosterona. A TRH é utilizada como opção para o tratamento de atrofia urogenital, fogachos (ondas de calor) e perda de massa óssea. A via de administração da medicação deverá ser discutida em conjunto com seu médico ou conforme apresente melhor adaptação ao paciente.
- Terapia hormonal tópica: para aliviar os sintomas de atrofia urogenital, o estrogênio pode ser administrado diretamente no canal vaginal, na forma de creme. Esse tratamento libera uma pequena quantidade de hormônio, que é absorvido diretamente pelo tecido vaginal. Pode auxiliar no tratamento do desconforto durante a relação sexual devido à diminuição da secreção vaginal, além de melhorar alguns sintomas urinários;
É fundamental realizar os exames de forma periódica e consultas de rotina após a introdução de terapia hormonal.