por Elaine Rezende | fev 10, 2020 | Sem categoria
Segundo um estudo realizado em 2017 pela ISAPS (Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética), o Brasil é líder mundial em cirurgia íntima feminina, registrando cerca de 21 mil procedimentos do tipo por ano.
O crescimento desse tipo de cirurgia nos últimos anos se deve muito à quebra de um tabu em relação à sexualidade da mulher. Quem geralmente procura esses procedimentos se sentem insatisfeitas com sua intimidade, seja com a estética dos órgãos genitais, como pela relações sexuais. Diferente de outras cirurgias plásticas, muitas mulheres tinham vergonha de falar sobre o assunto, em como elas tem suas questões com suas vaginas e sua intimidade. Porém, com o avanço das questões feministas e maior liberdade de conversar sobre o tema, conhecer seu corpo e buscar informações, as mulheres conseguem ter mais confiança para procurar soluções.
Outro tabu que precisa ser discutido e quebrado sobre a cirurgia íntima estética é o preconceito e como ela é vista pela sociedade como algo fútil. É importante informar e ressaltar que a cirurgia tem como objetivo principal propiciar uma melhora de qualidade da vida da mulher, devolvendo uma vida sexual mais ativa e auto-estima.
Tipos de cirurgia íntima estética e finalidades:
Remodelação dos lábios vaginais
Essa cirurgia plástica é procurada por mulheres que não gostam do tamanho ou formato de seus lábios vaginais, causando desconforto na relação sexual e também ao praticar exercícios físicos ou usar calças apertadas.
Preenchimento de lábios maiores
Se o caso for insatisfação com lábios flácidos, o procedimento indicado é o preenchimento com ácido hialurónico ou lipofiling, que é o preenchimento com a gordura do próprio corpo. Essa flacidez pode ser consequência do envelhecimento natural ou
Clareamento genital
Fatores como envelhecimento, depilações e atrito ajudam a escurecer a pele dos genitais. Por isso, muitas mulheres procuram as técnicas de clareamento genital. Após a consulta ginecológicas, podem ser feitos os seguintes procedimentos: o peeling genital, o laser e o microagulhamento.
por Elaine Rezende | jan 15, 2020 | Sem categoria
Ah, o verão! Você se preparou para curtir os dias de calor indo para a piscina e a praia, mas a menstruação chegou? Não é motivo para entrar em pânico. Dá para curtir o verão mesmo naqueles dias, porém muitas mulheres ainda têm dúvidas. Confira as perguntas frequentes sobre os absorventes íntimos indicados para o verão:
Absorvente interno
Quem usa DIU pode usar o absorvente interno?
Sim! Eles ocupam espaços diferentes e podem ser usados juntos sem problemas.
Quanto tempo posso ficar com o absorvente interno?
Isso vai depender muito do fluxo menstrual, mas geralmente a troca deve ser feita de quatro a oito horas. Os riscos de ficar muito tempo com o absorvente interno são: o aumento das chances de infecção e o absorvente ficar saturado e vazar.
Posso usar absorvente íntimo mesmo sendo virgem?
Isso é uma dúvida frequente mas a resposta é sim. O uso do absorvente interno não interfere na estrutura do hímen.
Coletor menstrual
Posso dormir com o coletor menstrual?
O uso do coletor menstrual durante a noite não interfere no que diz respeito ao risco de infecções e outras complicações. O que muda de uma mulher para a outra é o tempo que se pode ficar com o coletor, já que a troca depende do fluxo. Porém, geralmente esse período é de 12 horas, ou seja, pode dormir tranquila!
Como colocar o coletor menstrual?
Antes de tudo, é importante lavar bem as mãos e higienizar o produto. Em seguida, relaxe bem os músculos da vagina e, devagar, insira o coletor começando pela parte arredondada, até ele permanecer completamente dentro do canal. Por fim, verifique se o coletor está totalmente aberto e inserido corretamente.
por Elaine Rezende | dez 11, 2019 | Sem categoria
A candidíase é uma doença que afeta a área genital das mulheres. Também conhecida como monilíase vaginal, é uma infecção ocasionada por um fungo denominado Candida albicans. Ao contrário do que muitas pessoas pensam, essa raramente é uma doença sexualmente transmissível, já que o fungo já se encontra na flora vaginal e é causada quando essa está desequilibrada.
Cerca de 75% das mulheres já apresentaram a candidíase ou apresentarão em algum momento da vida.
Os sintomas mais conhecidos são ardor, coceira, inchaço e coloração vermelha na região genital, fissuras na mucosa genital que lembram assadura e corrimento esbranquiçado.
Já os fatores de risco da candidíase vão de ações evitáveis do dia a dia, como relação sexual sem preservativo, roupa íntima apertada e de material sintético e ficar muito tempo com maiô ou biquíni molhado; como também algumas condições, como obesidade, gravidez, diabetes, doenças imunológicas, e tratamento recorrente com antibióticos.
A prevenção é feita com a higiene da região íntima, de preferência com sabonete íntimo e evitando desodorantes íntimos e ducha vaginal. Também é recomendável optar por calcinhas de algodão e evitar roupas muito apertadas ou molhadas por muito tempo.
O diagnóstico é feito por um médico ginecologista através da análise da mucosa vaginal. Confirmada a candidíase, o tratamento é feito geralmente com cremes para a região íntima ou antifúngicos de base oral.
por Elaine Rezende | dez 10, 2019 | Cirurgia Ginecológica, Saúde da Mulher
A endometriose é caracterizada pela presença do endométrio, que é o tecido de revestimento interno do útero, crescendo fora de seu lugar habitual, causando uma reação inflamatória. Confira a seguir cinco coisas que você precisa saber sobre a doença, que atinge entre 10% e 15% das mulheres em idade reprodutiva.
Causas
As causas da endometriose ainda não são totalmente conhecidas, porém existe uma teoria para explicar o aparecimento da doença: a cada mês, o endométrio fica mais espesso, para que um óvulo fecundado possa se implantar nele. Porém, quando não há gravidez, no final do ciclo ele descama e é expelido na menstruação. O que pode causar a endometriose é quando um pouco desse sangue migra no sentido oposto e cai nos ovários ou na cavidade abdominal, causando a lesão endometriótica.
Já sobre os fatores de risco, o que se sabe é um fator genético: se a mãe ou a irmã da paciente sofrem com a doença, há uma possibilidade maior dessa mulher desenvolver a endometriose. Alguns estudos também relacionam o fluxo menstrual mais intenso e frequente como um fator de risco.
Sintomas
Os sintomas mais comuns da endometriose são a irregularidade da menstruação e fortes dores menstruais. Mas esses não são os únicos sinais de que a mulher possa ter endometriose.
Além da cólica na parte inferior do abdômen, as pacientes podem se queixar de dores na parte inferior das costas, pélvis, reto ou vagina. As dores também podem aparecer ao defecar e durante as relações sexuais.
O aparelho gastrointestinal também sofre as consequências da endometriose. Constipação, incapacidade de esvaziar o intestino, náusea ou quantidades excessivas de gases são os sintomas relacionados à essa doença.
Infertilidade
A endometriose também pode ser um indicativo quando a mulher está com dificuldades de engravidar. Cerca de 30 a 40% das mulheres que têm endometriose sofrem de infertilidade. Mas por que isso acontece?
Uma das relações mais comuns entre a endometriose e a infertilidade diz respeito à mudança na anatomia do aparelho reprodutor feminino, que apresenta alterações após inflamações causadas pela doença.
Diagnóstico
A evolução do diagnóstico da endometriose avançou bastante nos últimos anos e a doença vêm sido abordada de uma forma diferente. Antigamente, se a paciente se queixava de cólicas, o médico geralmente receitava uma medicação para dor. Mesmo quando exames eram feitos, eram de baixa especificidade, muitas vezes não detectando a doença.
Com o avanço dos estudos e as tecnologias, os médicos ginecologistas conseguem ter maior entendimento da endometriose, com maior assertividade no diagnóstico. Além de analisar as queixas da paciente, os exames complementares têm especificidade mais eficaz que os exames antigos. Tanto a ressonância nuclear magnética, como o ultrassom transvaginal com o preparo intestinal com endoscopia, são exames que possuem 95% de confiabilidade e os ginecologistas já conseguem fazer o mapeamento da doença, para poder indicar o tratamento para essa paciente.
Tratamento
Após a confirmação da endometriose, existem dois tipos de tratamento: o cirúrgico e o medicamentoso. Cabe ao médico ginecologista analisar cada caso e indicar o caminho mais indicado.
A cirurgia é indicada em casos mais avançados da doença. É feito o procedimento de videolaparoscopia, que consiste em uma câmera de vídeo e tubos finos inseridos em pequenos cortes no corpo. Com a videolaparoscopia, é possível eliminar os focos da doença e as complicações como cistos, por exemplo. Em casos mais sérios, a cirurgia serve para remover os órgãos pélvicos afetados pela doença.
Já o tratamento medicamentoso deve levar em consideração se a paciente deseja ou não engravidar. Os medicamentos são administrados para aliviar a dor e podem ser o tratamento suficiente se os sintomas são leves e as mulheres não pretendem engravidar, com tratamentos hormonais ou não-hormonais alternativos.
por Elaine Rezende | nov 23, 2019 | Saúde da Mulher
Atualmente, muitas mulheres sofrem com problemas, tanto físicos quanto psicológicos, relacionados à sua região genital, e, com isso, a busca por um novo tratamento que tem revolucionado o campo da ginecologia tem crescido cada vez mais. Esse novo tratamento recebe o nome de ginecologia regenerativa.
Todos os seres humanos, durante a sua vida, passam pelo processo de envelhecimento, que é causado por diversos fatores, sendo eles intrínsecos e extrínsecos; e esse processo gera a perda de funcionalidade de diferentes partes do corpo, e com a vagina da mulher não é diferente. É aí que entra a ginecologia regenerativa.
Ginecologia regenerativa funcional e estética é o nome dado ao conjunto de procedimentos que buscam devolver a funcionalidade e a estética à área genital da mulher, que é perdida ao longo da vida. O objetivo principal da ginecologia regenerativa é rejuvenescer, restaurar a anatomia do assoalho pélvico, estimular a sexualidade e harmonizar a região, recuperando a autoestima e a confiança da mulher. Esses procedimentos atuam em toda área genital feminina, tanto na região vulvar, incluindo os pequenos lábios, grandes lábios, clitóris, quando na vagina, nas paredes vaginais e na área perineal.
Fatores que causam a perda funcional e estética da área genital feminina
Existem diversos fatores que acarretam a perda de funcionalidade e da estética da região vaginal. O fator cronológico pode ser considerado o principal deles, é um fator intrínseco, pois toda mulher irá envelhecer, é característica normal do próprio organismo e não podemos prevenir isso.
A menopausa se encaixa no fator cronológico, já que, quando a mulher está em idade mais avançada, ela para de menstruar, porque os ovários cessam a produção de hormônios relacionados à fertilidade. Com ela, vem a atrofia genital e, em consequência, sintomas que diminuem a qualidade de vida da mulher, como, por exemplo, o ressecamento vaginal, que causa dor durante a relação sexual, e a perda urinária, que ocorre pela perda da sustentação da uretra e pode gerar infecções urinárias com frequência.
Como fatores extrínsecos, temos, por exemplo, traumas obstétricos – como um parto que lacerou a musculatura vaginal –, variações de peso, leucorreia crônica, tabagismo, etilismo. Esses são fatores que colaboram para o envelhecimento e que podem ser prevenidos, contudo, quando já estão instalados, precisa haver uma regeneração.
Existe algum procedimento ideal?
Ao buscar pela ginecologia regenerativa, a pergunta que as pacientes mais fazem aos médicos é: existe algum procedimento ideal? Há algum que seja mais recomendado?
Desde que surgiu a ginecologia regenerativa, diversos recursos foram estudados e aprimorados para oferecer o melhor tratamento à mulher, para dar a ela qualidade de vida. Todos esses procedimentos têm apresentado resultados impressionantes, mas cada um deles age de uma forma e pode ser mais indicado em casos distintos. É essencial que, antes de realizar qualquer um deles, haja uma avaliação meticulosa e integrada.
É necessário avaliar a mucosa vaginal, a pele da vulva, assim como o subcutâneo e a musculatura da área genial, pois pode ser que exista, por exemplo, uma rotura perineal, em que a musculatura precisa ser reconstruída.
Dentre os tratamentos, temos: terapia de reposição hormonal, estimulação da musculatura perineal com correntes, peelings, cosmecêuticos, preenchimentos, enxerto de gordura, depilação a laser, microagulhamentos, fios de PDO, ultrassom microfocado, laser vaginal, radiofrequência, as cirurgias íntimas, que são cirurgias que restauram os pequenos lábios e o clitóris, por exemplo, e as cirurgias vaginais avançadas, de prolapsos, de períneo, que também são muito importantes.
Os recursos mais utilizados, na atualidade, pela ginecologia regenerativa são o laser e a radiofrequência. Esses dois procedimentos têm feito maior sucesso dentre os médicos e pacientes por serem minimamente invasivos e oferecer melhores resultados e rápida recuperação, são altamente indicados para tratar a atrofia vaginal, os demais sintomas da menopausa e a perda urinária, sintomas mais relacionados à funcionalidade da região genital feminina.
O laser utilizado é o de CO2 ou o laser Érbio, que é aplicado através de ondas eletromagnéticas que disparam raios de luz e calor ao entrarem em contato com o tecido vaginal, gerando uma contração, que estimula a produção de colágeno e recupera a tensão e a elasticidade tecidual. Esses procedimentos, como foi exposto, oferecem rápida recuperação e poucas reações adversas, podendo haver certa vermelhidão e edema após a sua realização. O laser e a radiofrequência não são recomendados para pacientes gestantes, com fotossensibilidade, com infecções ativas e pacientes que possuem diabetes. Neste caso, o médico, junto à paciente, deve buscar outro tratamento.
Para as mulheres que buscam melhorias mais estéticas, os procedimentos procurados são: a cirurgia íntima, que propõe a remodelação dos lábios, criando uma harmonização, já que algumas mulheres possuem os lábios menores sobressalentes; o preenchimento dos lábios maiores, criando também uma aparência mais harmônica e acabando com a flacidez, causada muitas vezes por perda de peso ou até mesmo pela passagem natural do tempo; e o clareamento genital, realizado com peelings químicos, ácido hialurônico ou até mesmo com o laser de CO2 fracionado, com a finalidade de clarear a região íntima, que escurece com o passar dos anos.
Por isso, é imprescindível que qualquer mulher que deseje realizar um procedimento de ginecologia regenerativa procure um profissional qualificado para avaliar qual é o mais recomendado.